Os invisíveis?
No DN de 11 de setembro de 2021, em crónica, o Sr. Advogado João Paulo Marques, escreveu com o título "O bom, o mau e os invisíveis".
A minha observação é que os sem abrigo, no Funchal, não são invisíveis. São mais visíveis no Concelho do Funchal, visto a sua população ser mais de um terço que a população da Ilha da Madeira. Havendo, também, em todos os concelhos da RAM.
As causas de haver tantos seres humanos "indigentes", são várias: o capitalismo selvagem; os maus políticos; as leis dúbias; os corruptos e os prostitutos.
A responsabilidade é de toda a sociedade humana; visto ter perdido o sentido do outro, seu semelhante.
Transcrevo o que a judia Any Rando, filósofa russo-americana, disse no ano de 1920:
" Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada.
Quando comprovar que o dinheiro flui para quem negoceia, não com bens, mas, com favores.
Quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência; mais do que pelo trabalho; e que as leis não nos protegem deles, mas, para pelo contrário, são eles que estão protegidos de você.
Quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto de sacrifício.
Então poderá afirmar, sem temor de errar, que a sua sociedade está condenada".
José Fagundes