Os bazares africanos
Veio o Sr Presidente do Governo defender uma nova imagem para a marina do Funchal. Além da maior eficiência, atratividade e segurança na zona marítima, (cuidado com o reflexo da ondulação de sueste no cais 8) um dos objetivos é igualmente a qualidade urbanística, os equipamentos e mobiliário da zona comercial que não poderão virar Bazar Africano. Esta mesma lógica deveria ser aplicada em tantas outras obras e zonas que foram mal concebidas e estão ao abandono.
Recordo a entrada no porto, onde não há docas de estacionamento para passageiros e automóveis. O Design Center tem espaço reservado, mas o porto não tem. Aquilo move-se como um porto africano, onde o acesso para deixar ou receber um passageiro é tipo indiano, para não falar dos táxis e das operações de bagagens.
Mas de baixo nível e ao abandono estão várias ruas do Funchal com lojas fechadas, paredes destruídas, património esquecido e em ruínas, felizbertas aos montes, etc, que mais parecem bazares marroquinos.
Já agora não stressem no trânsito caótico e tipo africano, onde não há sinalização adequada , harmonizada, visível e moderna.
Como se vê, todos os quadrantes decisores, fora da época eleitoral, gostam de zonas tipo bazar africano. Isto para não falar das ribeiras imundas, das ruas por limpar, dos restaurantes onde a fiscalização não passa e cheiram a óleo requentado, da zona velha cheia de esplanadas plastificadas onde há prédios a cair, de jardins maltratados, dos mamarrachos que se deixam construir, dos bares de praia sem esgotos, das barracas do Porto Santo, etc.
Ah , não se esqueça que há outras marinas...
A Madeira é bonita, o problema é o mau gosto!!!
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