Olga Fernandes defende resolução do problema da Estação de Tratamento de Águas Residuais da Tabua
A candidata do Partido Socialista à presidência da Câmara Municipal da Ribeira Brava, Olga Fernandes, considera urgente que o Governo Regional proceda a uma intervenção para resolver o problema da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Tabua.
Segundo Olga Fernandes, em causa está o mau funcionamento da infraestrutura, que se reflecte no deficiente tratamento dos resíduos e no cheiro nauseabundo que se faz sentir na zona, bem como o prolongamento do emissário submarino, que, no seu entender, não vem resolver o problema. Tal como refere, esta solução apenas vai “prolongar” a situação, até porque as marés acabam por trazer os detritos novamente, continuando a contaminar as águas balneares.
“É preciso resolver a situação de raiz e não estar a adiar o problema”, adianta.
Acrescenta que “o investimento tem de ser no dimensionamento e no tratamento dos resíduos e não no comprimento do cabo do emissário, que vai depositar os resíduos mais longe ou mais perto”.
Explica ainda que com este prolongamento, “a Tabua continuará com o mau cheiro e com a segunda pior praia de Portugal, até porque se trata de um lugar de forte rebentamento da ondulação, com correntes marítimas fortes”.
De acordo com Olga Fernandes, o emissário submarino apenas resolveria o problema se a ETAR funcionasse, pois, se assim fosse, os resíduos seriam tratados e, quando despejados ao mar, o impacto seria outro, já que haveria uma diluição correcta.
A candidata adverte que o lançamento dos esgotos, desprovido de pré-tratamento, é um dos fatores de poluição dos mares, sendo que a utilização de emissários submarinos pode causar impactos ambientais, comprometendo o ecossistema marinho. Além disso, esta situação acaba também por ter consequências em termos económicos, tendo em conta que, juntamente com as dificuldades de atracação de embarcações no cais da Tabua, fica impossibilitada a realização de transportes marítimos a partir desta infraestrutura portuária.
Olga Fernandes aponta o dedo à Câmara da Ribeira Brava, liderada por Ricardo Nascimento, por nada fazer para resolver este “problema grave de saúde pública”.
“Esta situação já ocorre há imenso tempo e as reclamações dos residentes e de outros transeuntes têm sido uma constante. Como é que a autarquia continua de braços cruzados perante este atentado ambiental e à saúde das pessoas?”, questiona, advertindo que a edilidade tem de exigir a quem de direito uma solução que acabe com esta problemática, e não o seu “prolongamento”.
Olga Fernandes alerta também que é preciso aprender com os erros, de modo a evitar a mesma situação com a ETAR do Campanário.
“Os residentes estão apreensivos e, aliás, foram contra o local escolhido. Havia outras alternativas, mas, segundo consta, o custo pesou na decisão e fez-se pelo mais fácil, com aprovação da Câmara”, rematou.