“Se é um desrespeito, o PSD também o praticou”
O presidente da Câmara do Funchal não vai estar, amanhã, na Assembleia Municipal.
O PSD já manifestou a sua posição, na edição impressa do DIÁRIO desta segunda-feira, considerando que a ausência de Miguel Silva Gouveia é um “desrespeito inédito”.
O autarca discorda. “Se acha que é um desrespeito o presidente ser representado pela vice-presidente, também é um desrespeito que o próprio PSD o praticou durante muitos anos, porque muitas vezes era o vice-presidente de Miguel Albuquerque que o representava quer nas reuniões de câmara, quer nas assembleias. Não há qualquer tipo de desrespeito”, afirmou.
Miguel Silva Gouveia sublinha que, logo no início deste mês, sugeriu que a Assembleia ordinária se fizesse antes do período de campanha ou após as eleições.
Infelizmente a opção do presidente da Assembleia foi marcar precisamente no primeiro dia de campanha eleitoral e eu fiz informar à Assembleia que serei representado pela vice-presidente, como aconteceu noutras circunstâncias, quer no mandato anterior, quer nos mandatos em que o PSD também geria os destinos da Câmara. Miguel Silva Gouveia, presidente da Câmara do Funchal
O autarca, que se recandidata a novo mandato pela coligação Confiança, considera que a data foi escolhida “de forma propositada” para o primeiro dia de campanha.
“Eu manifestei a minha indisponibilidade, uma vez que tenho de estar nestes últimos 12 dias de campanha onde os funchalenses sempre se habituaram a me ver: no terreno, na rua, junto das pessoas, falando com os funchalenses, divulgando o nosso trabalho e mostrando as nossas ideias e o nosso projecto para os próximos quatro anos”, explicou.
Se a tentativa da Assembleia Municipal era condicionar essa possibilidade de eu estar junto dos funchalenses, saiu frustrada, porque além do respeito se manter, já que a câmara será representada pela vice-presidente em exercício, os funchalenses também terão o seu presidente no terreno, junto das pessoas, e o direito constitucional de poder exercer essa campanha eleitoral junto daqueles que terão o poder de decisão, que são os funchalenses. Miguel Silva Gouveia, presidente da Câmara do Funchal