Caos instalado - 3ª Parte - Ecologia
Falando de ecologia, espanta-me todo o cuidado em termos ambientais que norteou as autoridades regionais em transformar o Porto Santo na primeira ilha verde na Europa, aplicando programas específicos, promovendo a aquisição de viaturas elétricas e a troca das ditas poluentes pelas novas de tecnologia limpa evitando assim os níveis de poluição que existiam passassem a valores mínimos. Agora pergunto se os meses de verão não fazem parte dessa mesma preocupação, uma vez que nesse período do ano e particularmente neste ano, o Porto Santo ficou a rebentar “pelas costuras” com a quantidade de viaturas que para lá se deslocaram, esgotando a capacidade de resposta no que a transporte das mesmas se refere ? Estranho não terem sido tomadas medidas no sentido de minimizar esse mesmo ciclo disparatado de veraneantes acompanhados de carros poluidores ?
Talvez oportuno fosse criar uma taxa de entrada na ilha aplicável a essas mesmas viaturas, de forma a minimizar esse ciclo vicioso que infelizmente ultrapassa o contexto de férias saudáveis, não fosse inconcebível o permanente congestionamento das parcas vias de comunicação existentes na Ilha Dourada, assim como a inexistência de parques de estacionamento à medida das necessidades.
Tudo isto e muito mais haveria por dizer, mas, julgo eu, será suficiente para alertar, ou não, a quem de direito, de forma a colmatar, quanto antes este “despelote” e esta organização desgovernada, enquanto é tempo, pois desta forma, todos nós madeirenses vamos gradualmente perdendo a imagem e as características que têm vindo a enaltecer a nossa região, graças ao esforço de alguns, em detrimento da falta de senso comum de uma minoria rebelde e despreocupada.
Emanuel Madeira