O Comando Regional da Polícia de Segurança Pública da Madeira comemora esta quarta-feira, 01 de setembro, o seu 143.º aniversário.

Nos anos anteriores, as comemorações do Comando Regional da PSP (CRM) realizaram-se pelas diversas divisões policiais, no âmbito de um sistema de rotação das comemorações pelos diferentes concelhos da Região Autónoma da Madeira (RAM).

Tal como em 2020, este ano, os condicionalismos provocados pelo atual contexto pandémico, inviabilizam a realização das iniciativas comemorativas, o comando regional, ainda assim, não deixa de assinalar e evidenciar a efeméride, numa cerimónia simples dirigida a todos os profissionais da PSP com a ilustre comparência das entidades regionais e com a presença do Diretor Nacional da PSP.

Comemoramos com imensa alegria e orgulho neste dia, 143 anos de luta do CRM da PSP, que hoje se apresenta, com a mesma determinação de sempre, pronto para travar os combates do presente e do futuro e responder às exigências que a vida lhe coloca para continuar a servir o povo madeirense.

Ao comemorar 143 anos muitos se interrogarão, como chegou o CRM até aqui, mantendo a vitalidade e o cumprimento integral das funções como desafios, quer no plano estratégico, no plano operacional, bem como no plano tático, que as próprias instituições civis e militares lhe reconhecem e que lhe permite ter uma intervenção marcante e até decisiva a favor dos madeirenses.

Outra razão para este ímpar percurso, está e continua a estar presente, na realidade madeirense com a combatividade que se lhe reconhece, de ter defendido sempre incansavelmente os interesses e os bens materiais dos cidadãos. Ter agido quotidianamente contra a criminalidade, as injustiças e as desigualdades, aparecendo em todas as circunstâncias perante os cidadãos e o povo, como o mais firme e abnegado defensor dos seus interesses e tomando a dianteira da frente da organização mais importante das forças de segurança em Portugal, e neste caso particular na RAM.

Mas impõe-se realçar, neste dia marcante, uma outra importante razão para o êxito do CRM. Foi ter contado no seu seio com a dedicação e o trabalho exaustivo dos profissionais, e de um conjunto de recursos qualificados, de equipamentos para funções especializadas, de valências técnicas e de capacidades instaladas que permitiram responder a uma variedade de situações durante as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, realizado na cidade do Funchal, entre os dias 8 a 10 de junho, de onde sobressai essa figura ímpar, a Unidade Especial de Polícia, que contribuiu de forma inequívoca e relevante para o bem comum e para a segurança pública daquele importante evento, com a presença das mais altas individualidades nacionais.

Assinalamos hoje este momento maior da vida do CRM, mobilizando a força de uma história heróica e cumprindo no tempo em que vivemos, o nosso compromisso não só com os concidadãos, como também os próprios profissionais de polícia. Sim! Face à situação atual, marcada por graves problemas económicos, sociais e de saúde pública, em que a epidemia além dos seus efeitos diretos é aproveitada para promover retrocessos, para pôr em causa direitos alguns dos quais adquiridos ao longo destes anos, afetando profundamente as condições de vida dos polícias.

Por isso, a ASPP não se cala. Faz ouvir a sua voz, faz do seu aniversário uma jornada de luta, sobre os problemas com que os polícias e o CRM se confrontam, especialmente pela falta de meios humanos, que são efetivamente escassos, pois será conveniente que o seu reforço fosse equacionado logo que possível, sob pena de podermos fechar esquadras nos próximos tempos.

O balanço é conhecido e grave. E, se acrescentarmos os profundos défices estruturais na grande maioria das esquadras que não são nem adequadas, nem funcionais, para prestar um serviço de polícia de qualidade, pese embora existirem projetos de construção que já se arrastam há mais de uma década e que ainda não conseguiram a necessária aprovação e financiamento.