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As próximas eleições e quem se candidata

Cada vez mais as Pessoas, quando falam em eleger os nossos representantes para o poder local, referem mais o nome de quem se candidata. Se isso também acontece em outras eleições, nestas, em particular, quem se candidata tem a responsabilidade acrescida de provar que cumpre o que promete. O poder local é o poder mais próximo do povo e todos os atos contam. Tudo o que é feito é fiscalizado diariamente. Algumas vezes com muitas polémicas. Há coisas que agradam mais a umas pessoas do que a outras, mas é assim mesmo que funciona a democracia, fora dos atos eleitorais.

No Funchal, quando o Município decidiu fechar a Rua Dr. Fernão de Ornelas ao trânsito, caiu o Carmo e a Trindade e a polémica até gerou abaixo-assinados e tudo. Com muito aproveitamento político da oposição ao ato camarário, ouviu-se de tudo na Assembleia Municipal. Hoje, esta rua é das mais emblemáticas da cidade e, que eu saiba, nenhuma candidatura propõe que a mesma volte ao que era antes.

O mesmo aconteceu na Rua do Bom Jesus com o corte das velhas árvores e o alargamento do passeio. Foi um dilúvio de diz-que-disse. Novamente ferveram as críticas e o anúncio de desgraças que nunca aconteceram. No último Natal, foi unânime a opinião que a rua era das mais bem conseguidas da cidade e, até em termos de iluminação natalícia, todos/as lá passavam para apreciar a sua harmonia.

Estes exemplos servem apenas para demonstrar que há que saber gerir as localidades sem medo das críticas, e enfrentar os obstáculos que surgem quando achamos que temos razão. Depois vem a vida fazer o seu julgamento final.

É por isso que é pouco credível que alguém se candidate prometendo mundos e fundos, quando não fez o que devia quando ocupou os lugares para os quais se candidata novamente. As pessoas que ocuparam os lugares têm que provar que são sérias e defensoras dos povos das suas localidades com honestidade, sem falcatruas nem jogadas de poder em troca de favores e de tachos.

Têm que saber gerir o erário público. Não é deixando uma Câmara à beira da bancarrota, com uma dívida colossal de mais de 100 milhões de euros, colocando os/as que lhe seguiram numa situação muito precária. Felizmente hoje a situação está estável, a dívida muito mais baixa, e bem controlada. Mas esses/as têm agora o desplante de criticar e dizer que tudo está mal e que, com eles/as, tudo será melhor. Melhor para quem? Para voltar às mãos dos/as que não a souberam gerir? Acham que o povo é burro?

Quem trabalha com honestidade tem, de certeza, o apoio popular e merece ser novamente eleito/a. Mesmo que agora venham outros/as com palavreados bonitinhos, o que interessa é apresentar o trabalho feito em contraponto com a mesquinhez e o maldizer. Afirmar, como ouvi, no Dia da Cidade do Funchal, que os nossos Jardins estão feios e maltratados, que a nossa cidade está suja e mal cheirosa, que o Funchal é quase um chiqueiro, é realmente revoltante e mentiroso. Faça-se política com propostas alternativas. Com coisas concretas, mas sem mentir e enxovalhar a nossa bela cidade do Funchal.

O mesmo se aplica a outros Municípios e às suas freguesias, onde só merece o voto do povo aqueles e aquelas autarcas que sempre respeitaram os seus Munícipes ou fregueses, estiveram com eles/as em todas as ocasiões, e nunca lhes viraram as costas em circunstâncias nenhumas.

O nosso poder local merece ter os e as melhores representantes para os próximos quatro anos, que serão complicados e que vamos precisar de muita União e firmeza para enfrentá-los.