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Maioria dos casos nos lares do Alentejo assintomática ou ligeira

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A maioria dos 68 casos de covid-19 identificados nos oito surtos ativos em lares do Alentejo diz respeito a pessoas "assintomáticas ou com quadros muito ligeiros" da doença, revelou ontem o delegado de saúde regional adjunto.

"Na esmagadora maioria dos casos", trata-se de "pessoas que estão assintomáticas ou com quadros muito ligeiros" da doença, afirmou o Delegado de Saúde Regional Adjunto do Alentejo, Pedro Ferreira, em declarações à agência Lusa.

As autoridades de saúde contabilizavam, na quinta-feira, 53 surtos ativos de infeção pelo SARS-CoV-2 em lares de idosos do país, oito deles no Alentejo, com 68 casos, segundo os números disponibilizados à Lusa pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em termos do Alentejo, Pedro Ferreira explicou ontem que os surtos em lares da região registaram-se "principalmente" nas áreas geográficas do "Alentejo Central e Baixo Alentejo" e disse desconhecer se há internados entre os utentes infetados.

"As situações dos lares, apesar de não serem inesperadas, são encaradas pela Saúde Pública com um otimismo moderado", uma vez que os utentes e os trabalhadores destas estruturas estão "praticamente todos vacinados", sublinhou.

Esse fator, continuou, é da "maior importância", porque "é expectável" que existam "menos casos em cada um destes surtos" e que "o resultado em termos de morte e mortalidade dos infetados, à partida, seja muito menor".

Segundo o responsável, nos lares do Alentejo com surtos ativos "estão a ser tomadas as medidas de acordo com os referenciais técnico-normativos", como a "testagem de utentes e profissionais e a separação de positivos, negativos e contactos de alto risco".

Quanto à totalidade dos surtos ativos na região, não apenas nos lares, são "26 em todo o Alentejo", ocorridos "maioritariamente [em] contextos familiar, social e laboral", assinalou.

A pandemia de covid-19 fez pelo menos 4.247.424 mortos em todo o mundo, entre mais de 200,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, desde que a OMS detetou a doença na China em finais de dezembro de 2019, segundo o balanço mais recente da AFP com base em dados oficiais.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.440 pessoas e foram registados 982.364 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.