Coronavírus Mundo

Macau já testou 695 mil pessoas, quase 300 mil resultados apurados

None

Macau já testou 695 mil pessoas à covid-19, durante os testes em massa decretados após a deteção de quatro casos e nas 24 horas antes do arranque da medida, tendo recebido resultados de 283 mil, todos negativos.

Os quatro casos da variante Delta do novo coronavírus detetados numa família residente em Macau levaram na terça-feira o Governo do território a decretar o "estado de emergência imediata" e a realização de testes à covid-19 para toda a população, a partir de quarta-feira e durante três dias.

Em comunicado, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus informou que, até às 19:00 de hoje (12:00 em Lisboa), "no âmbito do plano de testes de ácido nucleico para toda a população de Macau, foram testadas 593 mil pessoas", e que "283 mil já receberam o resultado, todos negativos".

A este número acrescem 101.786 pessoas que se deslocaram, "por sua iniciativa", aos postos de testes, "não tendo sido incluídas no plano de testagem massiva", pelo que, no total, "cerca de 695 mil pessoas efetuaram o teste".

No dia do arranque da testagem em massa, na quarta-feira, foram feitos 181.260 testes, com 315.416 realizados na quinta-feira e 96.862 durante o dia de hoje, lê-se na nota.

Ao início da manhã de hoje, as autoridades de Macau anunciaram que os testes de covid-19 a toda a população estavam "basicamente concluídos", sem precisar, no entanto, o total de testes realizados.

Mais tarde, durante a conferência de imprensa diária sobre a situação da pandemia no território, as autoridades de saúde disseram que ainda não dispunham do total de pessoas que ainda têm de ser testadas, já que é necessário verificar se não houve duplicação de testes, num território com cerca de 683 mil habitantes.

"Se fizermos o cálculo, já ultrapassámos os 683 mil [residentes], mas ainda temos de verificar se há pessoas que fizeram o teste duas vezes", disse o médico Tai Wai Hou, coordenador do plano de vacinação no território.

No cálculo, há ainda que contar os turistas que "permanecem em Macau" e que "também precisam de fazer" o teste, acrescentou.

"Vamos, através de vários meios e instrumentos, fazer o rastreio das pessoas que [ainda] têm de fazer o teste", disse.

Os postos de recolha de testes em massa vão continuar abertos até às 09:00 de sábado.

Os responsáveis da saúde não excluíram a possibilidade de fazer uma segunda ronda de testes em massa, "para poder garantir a segurança a 100%" da população, já que "a variante Delta tem uma forte transmissão e um período de incubação muito prolongado", apontaram.

A vacinação contra a covid-19, suspensa na quinta-feira, deverá ser retomada a partir de domingo, "se não houver uma segunda ronda" de testes, informaram ainda.

No arranque dos testes em massa, na quarta-feira, registaram-se filas enormes nos postos de testagem, a decorrer em 42 locais, incluindo 28 em Macau e 14 na área da Taipa e Coloane (Cotai).

Problemas informáticos causaram problemas na marcação dos testes e na criação do código QR de saúde que vigora no território, o que já levou as autoridades a pedirem desculpa à população.

Na origem dos quatro novos casos (uma família com dois filhos) esteve a filha do casal, que se deslocou a Xian, na China, em visita escolar, entre 19 e 24 de julho, informaram os responsáveis de saúde.

Macau detetou apenas 63 casos desde o início da pandemia, não registando qualquer morte. Nenhum profissional de saúde foi infetado ou identificado qualquer surto comunitário.

A pandemia de covid-19 fez pelo menos 4.247.424 mortos em todo o mundo, entre mais de 200,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço da AFP com base em dados oficiais.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.