Desporto

Cátia Azevedo bastante satisfeita mesmo sem recorde pessoal

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Foto José Coelho/LUSA

A portuguesa Cátia Azevedo reconheceu hoje sair bastante satisfeita dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, apesar de não ter confirmado o seu recorde nacional nos 400 metros, uma marca que, garante, estar ao seu alcance.

"Eu estou a valer o meu recorde pessoal, eu estou mesmo a valer essa marca. O meu aquecimento correu tão bem, mas aquela rapariga que me passou nos 200 metros deixou-me um bocadinho desconcentrada e corri mais tensa até aos 300, erro meu, não por falta de experiência, mas por estar mais tensa", explicou a velocista, de 27 anos, em declarações à agência Lusa.

A atleta natural de Oliveira de Azeméis terminou as semifinais da distância no 17.º lugar, com o sétimo lugar da sua série, em 51,32 segundos, longe do seu recorde nacional, de 50,59 segundos, alcançado em 03 de junho último, na cidade espanhola de Huelva.

Cátia Azevedo avançou para esta fase com o terceiro lugar na sua série das eliminatórias e o desempenho das rivais acabou por surpreendê-la.

"Não esperava que corressem todas na casa do segundo 49, depois de terem chegado aqui com marcas de 50 segundos, mas não podemos estar à espera dos outros. Dependemos de nós e eu saí daqui com duas marcas de qualificação para os Mundiais e abaixo dos mínimos para estes Jogos. Não foi possível uma marca abaixo dos 50, mas saio daqui bastante satisfeita", frisou a velocista do Sporting.

Apesar da eliminação, o 17.º posto nas semifinais é a melhor classificação de sempre de uma portuguesa na distância, melhorando o 31.º lugar alcançado por Cátia Azevedo na sua estreia olímpica, no Rio2016.

"Pode soar a arrogância, mas não posso contar que as outras corram a 50 ou 51, quando estão a correr a 49, também não posso esperar que alguém em Portugal corra na casa dos 50, como eu estou, portanto tenho de ser eu a trabalhar, porque é um desporto individual", vaticinou.

Avançaram para a final, marcada para sexta-feira, às 21:35 locais (13:35 em Lisboa), as duas primeiras de cada uma das três séries e as duas mais rápidas entre as restantes.

A jamaicana Stephenie Ann McPherson venceu a série disputada pela portuguesa, com o melhor tempo das semifinais, ao estabelecer o seu recorde pessoal em 49,34 segundos, enquanto a última repescada para a final foi a norte-americana Quanera Hayes, com o tempo de 49,81.