Variante Delta com novo pleno na Madeira
O mesmo acontece nas restantes regiões do País, com a variante Delta a registar 100% pela segunda semana consecutiva
A variante Delta (B.1.617.2) voltou a registar 100% na Região. O mesmo aconteceu com as restantes regiões do País, uma situação que se repete pela segunda semana consecutiva. No caso da Madeira, esta é já a quinta semana consecutiva em que tal acontece.
Os primeiros casos de covid-19 associados a esta variante com origem na Índia foram identificados, na Madeira, entre o final de Maio e os primeiros dias de Junho, isto de acordo com o relatório de diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (covid-19) em Portugal, cuja última actualização foi divulgada esta manhã.
Nessa altura, apenas 12,5% das amostras proveniente da Região estavam associadas a esta variante. Mas este número rapidamente cresceu, e três semanas depois já alcançava os 85,7%, sendo nitidamente prevalente, em substituição da variante Alpha (B.1.1.7), associada ao Reino Unido.
Ao fim de sete semanas desde a identificação do primeiro caso, a variante Delta chegada aos 100% na Madeira, e desde então assim tem se mantido, ao longo de cinco semanas.
Significa isto que todas as amostras analisadas pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) correspondentes à semana de 16 a 22 de Agosto foram todas desta variante que é considerada pelos especialistas como mais contagiosa e potencialmente mais grave, podendo levar a mais hospitalizações. Os mesmos especialistas têm, também, vindo a apontar novos sintomas provocados por esta variante, nomeadamente dores de garganta e pingo no nariz, que são mais prevalentes em relação aos ‘habituais’ tosse seca e perda de olfacto e paladar.
As 40 amostras recolhida na Madeira entre os dias 15 e 17 de Agosto dizem respeito a casos de covid-19 atribuídos sobretudo aos concelhos do Funchal e Santa Cruz, havendo também amostras dos concelhos de Machico, Santana, Câmara de Lobos e Porto Santo.
Até à data, o INSA já analisou 15.279 sequências do genoma do coronavírus SARS-CoV-2, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios/hospitais/instituições, representando 301 concelhos. No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2, têm vindo a ser analisadas uma média de 559 sequências por semana desde o início de Junho de 2021.
Do total de sequências da variante Delta analisadas até à data (n=5809), 66 apresentam a mutação adicional K417N na proteína Spike (sub-linhagem AY.1), nenhuma delas associada à Madeira.
A frequência relativa das variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1) mantém-se baixa e sem tendência crescente. Até à data, não foram detectados quaisquer casos destas duas variantes nas amostragens das semanas 32 (9 a 15 de Agosto) e 33 (16 a 22 de Agosto).
Estas sequências são obtidas de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 Distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 123 concelhos por semana.