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Preso político faleceu sem receber cuidados médicos na Venezuela

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A organização não-governamental (ONG) Foro Penal (FP) da Venezuela denunciou hoje que um preso político venezuelano faleceu sem receber cuidados médica, depois de estar mais de um mês em estado grave de saúde.

"Faleceu o preso político Gabriel A Medina Díaz, 39 anos, de uma paragem respiratória. Estava detido em 'La Pica' [cárcere venezuelano], sem condenação, desde 24 de abril de 2020", denunciou o presidente do FP na sua conta na rede social Twitter.

Segundo Alfredo Romero, a morte ocorreu no domingo e a vítima "estava em grave estado de saúde há mais de um mês e sem atenção médica", explicou, precisando, na mesma rede social que se trata do "nono preso político que morre sob custódia, desde 2014".

"A saúde a vida de um preso é responsabilidade do Estado", sublinhou Alfredo Romero.

Aquele responsável adiantou que o número atual de presos políticos na Venezuela, segundo listagem atualizada remetida à Organização de Estados Americanos, é de 264.

"Um preso político faleceu sob custódia e não houve novas detenções nem libertações", na última semana, em relação à semana anterior, salientou.

Segundo o FP, estão detidos na Venezuela, por motivos políticos, 249 homens e 15 mulheres.

Os presos políticos dividem-se em 130 civis e 134 militares, 263 adultos e um adolescente.

O FP destacou ainda que desde 2014 registaram-se "15.743 detenções arbitrárias por motivos políticos".

"O Foro Penal ajudou gratuitamente mais de 12.000 detidos, hoje libertados, e a outras vítimas de violações dos direitos humanos. Além dos presos políticos, mais de 9.000 pessoas continuam sujeitas, arbitrariamente, a medidas restritivas da sua liberdade", acrescentou.