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Eleições Autárquicas Madeira

Segurança e parques reivindicados no Estreito de Câmara de Lobos

Estreiteiros descontentes com a recolha de resíduos e falta de estacionamento na freguesia

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A freguesia do Estreito é uma das cinco freguesias do concelho de Câmara de Lobos, composta por 16 sítios, são eles: Barreiros, Cabo do Podão, Casa Caída, Covão, Panasqueira, Fajã das Galinhas, Fontes, Garachico, Igreja, Marinheira, Pico e Salões, Quinta de S. António, Ribeira da Caixa, Ribeira Fernanda, Romeiras e Vargem.

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Em 10 anos a freguesia perdeu mais de 900 habitantes, segundo os resultados preliminares dos Censos 2021, entre residentes e visitantes com quem o DIÁRIO falou, a requalificação de estradas, a melhoria da recolha de resíduos e a falta de segurança foram alguns dos problemas apontados.

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No Mercado Municipal, Luz Marques, residente no sítio da Panasqueira revela que tem uma grande adoração pela freguesia do Estreito: “eu gosto mais de vir aqui do que ir a Câmara de Lobos, porque aqui encontro de tudo, as coisas estão bem situadas e há muitas lojas”.

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Os acessos e os transportes é que “fazem pena”, conta, explicando que “a estrada antiga que vem ter ao Estreito é um perigo dos grandes, era o que deveria ser arranjado, até para as camionetas andarem melhor”. Mas não basta requalificar a estrada, é preciso investir em veículos novos, já que as camionetas existentes “são uma desgraça de velhas”, constata Luz Marques, revelando que “às vezes ficam pelo caminho” a solução, segundo a estreiteira é adquirir novos transportes e ajustar os horários em função das necessidades dos moradores, “passam de uma em uma hora, é muito tempo à espera”, protesta.

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Mais acima, em frente à Igreja Matriz, “bem tranquilo da vida”, José Vicente de 68 anos diz que faz falta “dinheiro e juízo a alguns”. Sem troça, o reformado diz que o que está mal controlado “são as coisas entre a maioria e os mais pequenos”, fazendo referência à autarquia e à Junta de Freguesia, acrescentando que faz falta espaços de lazer para a população, “não temos nada aqui”.

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Num dos estabelecimentos comerciais do centro da freguesia, as residentes Liliana Vieira, e Jacinta Pereira dão conta da falta de parqueamento acessível na zona: “é mais caro parar aqui no Estreito do que parar no Lido. O parque de estacionamento à hora é caro, o que afasta os clientes, se o preço fosse mais acessível talvez a população viesse para aqui ao invés de ir para o Funchal”.

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Liliana Vieira vive e trabalha na freguesia há largos anos, apesar de reconhecer melhorias em várias áreas, lamenta que nada seja feito para garantir a segurança da população: “é muita ‘bandidagem’, muitos drogados, a gente não se sente seguros aqui de maneira nenhuma”. No seu entender a melhor solução seria haver mais policiamento, “a nível de segurança deveriam dar mais atenção, não digo ter um posto aqui, mas passar, fazer ronda, marcar presença para manter a ordem”, propõe.

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A sua conterrânea, Jacinta Pereira destaca que a recolha de resíduos é insuficiente, o que gera alguma indignação por parte da população. A sua proposta vai para a criação de espaços públicos como jardins e parques, uma vez que “o parque infantil que está ao pé do mercado está uma desgraça”.

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Aos 87 anos António Abreu constata que ainda há muito por fazer na freguesia e lamenta a falta de acção: “falta tanta coisa, mas ninguém faz nada, onde é que eles têm o dinheiro? A gente fala mas eles dizem que não têm ‘cacau’, o que vamos fazer?”.

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Natural da freguesia de Câmara de Lobos, Maria Fernandes vive no Estreito há 20 anos, carregada de sacolas, chegava de táxi e lamentava a escassez de autocarros, “os carros passam de hora a hora”. O principal problema na Rua António Prócoro Macedo Júnior é a falta de estacionamento, “mas onde é que vão fazer?”, questiona, rematando: “acha que alguém vai vender um pedaço de fazenda para fazer estacionamento? Não vai”. Por outro lado, a recolha de resíduos é insuficiente, bem como os contentores de lixo, revela.

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No sítio do Covão, Fátima Fernandes aguardava pelo autocarro, à nossa reportagem, a moradora do sítio da Marinheira enaltece a construção da Via Expresso, que veio facilitar a vida da população, “ é muito melhor, mais rápido e mais fácil”. No Lombo do Galo, revela que faz falta colocar lombas redutoras de velocidade, “pelo menos na curva, porque eles vão com bastante velocidade e é muito perigoso, principalmente para quem tem crianças”, vinca.