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Furacão Ida atinge costa do Luisiana

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O furacão Ida, considerado "extremamente perigoso", tocou terra no Luisiana pouco depois do meio-dia (17:00 em Lisboa), com ventos até aos 240 quilómetros/horas, anunciaram os serviços meteorológicos norte-americanos.

O furacão atingiu terra perto de Fort Fourchon, a sul de Nova Orleães, 16 anos depois de o furacão Katrina ter devastado esta região do sul dos Estados Unidos, provocando mais de 1.800 mortos.

O furacão Ida atingiu hoje a categoria 4, receando as autoridades norte-americanas que tenha um efeito devastador na costa do estado da Luisiana, o que as levou a procurar assegurar abrigos para as populações que tiverem de ser deslocadas.

A subida de categoria do Ida, numa escala que vai de 1 até 5, já tinha sido antecipada pelo Centro de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês), que na sexta-feira alertou que poderia evoluir para um "furacão principal" e "extremamente perigoso", com ventos superiores a 200 quilómetros por hora (km/h), atingindo a categoria 4.

O Ida evoluiu para a categoria 4, registando ventos de cerca de 280 km/h, quando a tempestade estava concentrada a cerca de 280 quilómetros a sudeste da costa de Houma, no Luisiana.

Os hospitais de Nova Orleães estão a enfrentar esta tempestade já com as camas quase em lotação máxima devido à pandemia da covid-19, existindo o receio de que os abrigos para aqueles que fogem ao Ida possam representar um risco adicional para novas infeções.

O governador do Luisiana, John Bel Edwards, anunciou que as autoridades procuraram encontrar quartos de hotel para colocar as pessoas que necessitem de sair de suas casas, sendo esta uma forma de reduzir a lotação dos abrigos coletivos.

O Luisiana, Estado do sul do país, é atingido regularmente por furacões. Ainda não recuperou totalmente do trauma de 2005, quando o Katrina causou uma destruição elevada. Nessa ocasião, Nova Orleães foi inundada em 80%, quando os diques que a protegiam cederam.

Com o aquecimento da superfície dos oceanos, os furacões ficam mais fortes, segundo os cientistas, e aumentam os riscos de incidentes sobre as comunidades costeiras, amplificados pela subida do nível do mar.