Aviões israelitas atingem alvos do Hamas na Faixa de Gaza
Aviões israelitas atingiram na manhã de hoje alvos do Hamas na Faixa de Gaza, horas depois de violentos confrontos entre manifestantes palestinianos e tropas de Israel ao longo da fronteira comum.
Os militares israelitas disseram, num comunicado, que aviões bombardearam uma instalação do Hamas na Faixa de Gaza em resposta ao lançamento de balões incendiários no sul de Israel e aos protestos violentos na fronteira que estão a decorrer pela segunda semana consecutiva.
"Operaremos em Gaza de acordo com nossos interesses", disse o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, aos jornalistas em Washington, antes de embarcar num voo para Israel após encerrar uma visita oficial aos Estados Unidos.
Bennett disse ainda que "alcançou todos os objetivos da viagem" a Washington, incluindo a cooperação estratégica para impedir o Irão de obter armas nucleares.
No sábado, centenas de ativistas apoiados pelo Hamas -- grupo no poder na Faixa de Gaza - fizeram um protesto noturno ao longo da fronteira israelita, arremessando explosivos contra as forças israelitas, que responderam com munições reais.
Autoridades de saúde de Gaza disseram que três pessoas ficaram feridas pelo fogo israelita. Outros protestos foram realizados ao longo da semana.
Os organizadores disseram que os protestos têm como objetivo aumentar a pressão sobre Israel para suspender o bloqueio ao território palestiniano.
Israel e Egito mantiveram o bloqueio desde que o Hamas, grupo que jurou destruir Israel, tomou o controlo de Gaza num golpe de Estado de 2007, após vencer as eleições palestinianas. Israel e o Hamas enfrentaram quatro guerras desde então, a mais recente em maio.
O bloqueio ao enclave restringe o movimento de mercadorias e pessoas dentro e fora de Gaza e devastou a economia do território.
Israel apertou o bloqueio desde uma guerra de 11 dias em maio, exigindo a devolução dos restos mortais de dois soldados e liberdade para dois civis israelitas que se acredita estarem em cativeiro do Hamas.
O Egito está a trabalhar para firmar um cessar-fogo para encerrar os atritos criados desde maio e parece estar a fazer progressos desde a semana passada.
Pelo menos 260 palestinianos foram mortos durante a guerra Hamas-Israel em maio, incluindo 67 crianças e 39 mulheres, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
O Hamas reconheceu a morte de 80 militantes. Doze civis, incluindo duas crianças, foram mortos em Israel, e ainda um soldado.