Coronavírus Mundo

Prolongado confinamento na segunda maior cidade da Austrália

None

Melbourne, a segunda maior cidade da Austrália, vai ficar sob um confinamento prolongado, anunciaram hoje as autoridades, que estão a tentar conter um surto da variante delta do novo coronavírus.

Sob confinamento há um mês, numa medida que afeta sete milhões de pessoas, as autoridades de Melbourne, no estado de Vitória (sudeste), tinham previsto o regresso à normalidade em 02 de setembro.

O primeiro-ministro do estado, Dan Andrews, disse que devido a um número crescente de novos casos de covid-19, 92 nas últimas 24 horas, o levantamento deixou de ser uma opção.

Este é o sexto confinamento na cidade desde que a pandemia da covid-19 começou. Os residentes estão também sujeitos ao recolher obrigatório e a um número limitado de autorizações de saída.

"Ainda temos demasiados casos na população e durante demasiado tempo para nos abrirmos e devolvermos... aquelas liberdades que prezamos e que todos desejamos recuperar", disse Andrews.

O governante não adiantou qualquer data para o fim das restrições e indicou que estavam a ser consideradas "todas as opções".

Entretanto, o estado vizinho de Nova Gales do Sul, que inclui a cidade mais populosa da Austrália, Sydney, registou 1.218 novos casos no domingo, o número mais elevado desde que a pandemia começou.

No total, foram registados quase 19 mil casos no estado, com oito milhões de habitantes, desde de meados de junho, quando começou o surto da variante delta.

As taxas de vacinação na Nova Gales do Sul estão a aumentar acentuadamente, com as autoridades a estimar que 70% da população adulta estará totalmente vacinada até outubro.

O Governo australiano estabeleceu que a reabertura do país poderá avançar quando entre 70% a 80% da população em cada estado e território estiver vacinada.

Desde o início da pandemia, a Austrália já registou mais de 51 mil casos da covid-19 e quase mil óbitos numa população de 25 milhões de habitantes.

A covid-19 provocou pelo menos 4.472.486 mortes em todo o mundo, entre mais de 214,5 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.711 pessoas e foram contabilizados 1.033.165 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.