CDU critica redução do investimento no Funchal
A CDU promoveu hoje uma acção de contactos com as populações das localidades mais periféricas do Funchal, onde, no Lombo dos Aguiares/Ribeiro Lavadouro, foram dirigidas críticas à Câmara Municipal do Funchal e à vereação da responsabilidade do PS pela redução do investimento a que aquelas populações deveriam ter direito.
O candidato da CDU à presidência da Junta de Freguesia de Santo António, Ricardo Lume, apresentou como exemplo concreto do investimento em falta por parte da CMF o acesso que ainda não se concretizou: "Os moradores do Ribeiro Lavadouro exigem, há muito, um acesso rodoviário para esta localidade, mas até à data a Câmara Municipal do Funchal liderada por Miguel Gouveia ignorou esta justa reivindicação da população".
De acordo com Ricardo Lume, "é lamentável
constatar a redução de investimento por parte da CMF nas Zonas Altas do
concelho, e principalmente nas Zonas Altas da Freguesia de Santo António, ao
longo deste mandato".
"Quando a CDU tinha um vereador na CMF o investimento nas Zonas Altas era de 20% do total do Plano de Investimentos. Já na altura era pouco para fazer face às desigualdades territoriais e sociais nestas localidades do concelho. A partir de 2017, quando a CMF deixou de ter um vereador da CDU, o investimento nas Zonas Altas foi reduzido para 4,4%", sustentou.
Edgar Silva, candidato à presidência da CMF, referiu que "os dinheiros públicos do Orçamento da CMF em falta nestes lugares das grandes desigualdades no Funchal aqui não chegaram, porque a maioria PS na CMF optou por os canalizar para outras finalidades, deixando nas margens milhares de pessoas que clamam por justiça social no concelho do Funchal".
"A CMF retirou às populações as verbas aqui em falta. A maioria PS na CMF, tal como o fez ao longo de anos o PSD, usurpou os dinheiros públicos a que tinham direito estas populações", acrescentou.
Sobre o desafio maior que agora está colocado no Funchal, destaca "a necessidade de o povo recuperar poder que perdeu ao longo dos últimos anos".
"Como se pode verificar através do corte no investimento nas Zonas Altas, depois de 2017, isso quer dizer que o povo perdeu direitos e perdeu poder reivindicativo no Funchal. E está na hora de se recuperar poder perdido pelo povo. Este é o tempo em que ao povo se coloca a possibilidade da reconquista de direitos. E para que tal aconteça é preciso reforçar a CDU nas próximas eleições", concluiu.