Candidato do Livre no Funchal quer "desburocratizar o sistema
O candidato do Livre à presidência da Câmara Municipal do Funchal, Tiago Camacho, indicou hoje que o seu projeto assenta na "desburocratização do sistema" e numa aposta em setores como ação social, habitação e ambiente.
"Um dos principais problemas que tem de ser resolvido, logo no início, é a burocracia que existe no sistema", disse, em conferência de imprensa, na qual apresentou oficialmente a candidatura do Livre à Câmara do Funchal, da qual é o primeiro subscritor na qualidade de independente.
Na Região Autónoma da Madeira, o Livre concorre apenas à Câmara e à Assembleia Municipal do Funchal nas eleições de 26 de setembro, onde pretende desencadear uma operação de "desburocratização" do sistema.
"Esse é o nosso principal lema, porque muitas pessoas que realmente precisam de ajuda, quando chega a altura, devido à burocracia que existe, acabam não conseguindo os apoios", disse.
Tiago Camacho, que tem 31 anos -- nasceu no Funchal em 08 julho de 1990 -- e é empregado de mesa, indica que pretende também investir no setor da habitação, tendo em conta a dificuldade em se encontrar "casas com rendas dignas".
"A própria habitação social não está a dar a resposta adequada", declarou, reforçando que o seu projeto aponta, entre outros aspetos, para a requalificação de edifícios abandonados para habitação.
O cabeça de lista do Livre referiu que a ecologia é outras das "bandeiras" da sua candidatura, pelo que pretende criar incentivos à reciclagem.
"Aspiramos a um lugar na vereação, pelo menos, para termos representatividade", afirmou Tiago Camacho, indicando haver necessidade de uma "candidatura à esquerda" que constitua uma "alternativa" às políticas do executivo camarário, liderado pela coligação Confiança (PS/BE/PDR/Nós, Cidadãos!), nos últimos quatro anos.
E reforçou: "Quem não se revê nesta política, pode contar com o Livre. É um partido mesmo pela defesa da nossa cidade, da nossa identidade e de toda a população. Estamos aqui, estamos prontos."
O atual executivo da Câmara Municipal do Funchal é composto por seis elementos da coligação "Confiança", quatro do PSD e um do CDS-PP.
Nas autárquicas de 2017, a coligação Confiança obteve 42,05% da votação do eleitorado funchalense, representando 23.377 votos, o PSD reuniu 32,05% dos votos e o CDS 8,59%.
O concelho do Funchal é composto por dez freguesias e, de acordo com os dados preliminares do Censos 2021, tem 105.919 habitantes, sendo o mais importante e populoso do arquipélago da Madeira.