Amazon Web Services desactiva página do EI na sua plataforma
A Amazon Web Services desativou na sexta-feira a página e a aplicação que um grupo de propaganda do auto designado Estado Islâmico (EI) mantinha na sua plataforma, noticia a imprensa norte-americana.
Segundo o Washington Post, trata-se do grupo Nida-e-Haqq, que distribui conteúdos islamitas em língua urdu (falada no Paquistão e ocasionalmente no Afeganistão), entre os quais mensagens do Estado Islâmico de Khorasan, ramo afegão do EI.
O grupo reivindicou o atentado de quinta-feira contra o aeroporto de Cabul, que causou pelo menos 170 mortos e 150 feridos.
A ligação à Amazon Web Services foi descoberta pelo Site Intelligence Group, organização que rastreia o extremismo 'online', disse a sua diretora executiva, Rita Katz, citada pelo jornal.
O Washington Post afirmou que a aplicação Nida-e-Haqq difundiu na quinta-feira o que afirmava ser a imagem de um terrorista com um colete suicida antes da explosão em Cabul.
Katz declarou que o código fonte da aplicação mostrou que extraia palavras e imagens de um sítio web do grupo alojado na Amazon Web Services desde abril e desativado na sexta-feira.
O porta-voz da Amazon, Casei McGee, afirmou, em resposta escrita ao jornal, que, na sequência de uma investigação, foi desativado o sítio web que estava vinculado a essa aplicação, porque "violava a política de uso aceitável" da Amazon Web Services.
Essa política proíbe, nomeadamente, que os clientes usem o serviço de computação na nuvem "para armazenar, incitar, promover ou incentivar ativamente a violência, o terrorismo ou outros atos graves".
O atentado de quinta-feira no aeroporto de Cabul ocorreu cinco dias antes de os Estados Unidos concluírem a operação de retirada das suas tropas do Afeganistão.