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Luisiana prepara-se para "extremamente perigoso" furacão, 16 anos após Katrina

O Luisiana prepara-se para a chegada do furacão Ida, que pode ser "extremamente perigoso" quando atingir terra este fim de semana, no 16.º aniversário do Katrina, um dos episódios meteorológicos mais violentos que este Estado norte-americano conheceu.

O furacão Ida, de categoria 1 de uma escala que vai até 5, situava-se às 22.00 horas de Lisboa a 70 quilómetros da ilha cubana da Juventude, segundo o último boletim do Centro dos Furacões dos EUA (NHC, na sigla em Inglês).

Com ventos de até 130 quilómetros por hora (km/h), o Ida está a avançar a 24 km/h para noroeste e deve chegar a terra no domingo, na Costa do Golfo, onde se situam os Estados do Luisiana e do Mississippi, segundo o NHC.

Esta agência estima que nessa altura o Ida pode evoluir para "um furacão principal" e "extremamente perigoso", atingindo a categoria 4, com ventos potencialmente superiores a 200 km/h.

O presidente Joe Biden aprovou na sexta-feira a declaração de estado de emergência para o Luisiana, para permitir uma "assistência federal" aos esforços de preparação, com ordens de retirada, voluntárias e obrigatórias, a terem sido já emitidas em alguns locais.

"O presidente vai seguir esta situação com atenção e ser mantido informado dos desenvolvimentos durante o fim de semana", disse a sua porta-voz, Jen Psaki.

"Este é um desafio extremo para o nosso Estado", declarou o governador do Luisiana, John Bel Edwards, em comunicado, quando o Estado se debate com uma nova vaga de infeções com o novo coronavirus, que coloca os seus hospitais sob forte pressão.

"É a altura de os habitantes do Luisiana se prepararem", exortou Bel Edwards, avançando que até sábado à noite todos os habitantes deveriam estar em um abrigo seguro.

"Garantam que vocês e a vossa família estão pontos a enfrentar qualquer eventualidade", disse.

Nova Orleães, em particular, antecipa potenciais estragos.

"Estamos na trajetória da tempestade, prevemos repercussões importantes", escreveu na rede social Twitter a presidente da câmara, LaToya Cantrell.

O Luisiana, Estado do sul do país, é atingido regularmente por furacões. Ainda não recuperou totalmente do traumatismo de 2005, quando o Katrina causou uma destruição elevada e mais de 1.800 mortos.

Nesta ocasião dramática, Nova Orleães tinha sido inundada em 80% quando os diques que a protegiam cederam.

Com o aquecimento da superfície dos oceanos, os furacões ficam mais fortes, segundo os cientistas, e aumentam os riscos incidentes sobre as comunidades costeiras de ondulação e inundação, amplificados pela subida do nível do mar.

Na semana passada, a tempestade tropical Henri, acompanhada de precipitações inéditas, atingiu o nordeste dos EUA, caso raro nesta região, e provocou que milhares de pessoas ficassem sem eletricidade.