Segundo a Secretária Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, Susana Prada, "a Madeira está alinhada com os objectivos ambientais internacionais e coloca, há muitos anos, o combate às alterações climáticas na lista das suas prioridades".

"São motivo de avultados investimentos em toda a Região, medidas de desenvolvimento de uma economia circular e hipocarbónica e medidas de adaptação face ao aumento dos riscos de incêndio florestal, de escassez de água, do aumento do nível medio do mar e da probabilidade de ocorrência de eventos extremos", referiu durante a apresentação pública do projecto LIFE DUNAS, em directo para a TSF-Madeira e a Rádio Praia, no Porto Santo.

A governante disse que, este mês, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas publicou o 6.º Relatório de Avaliação, mais uma vez, de alerta máximo. No entanto, referiu que estas avisos "não são uma surpresa para o Governo Regional". 

"São para estes cenários que nos temos vindo a preparar e para os quais continuaremos a investir, porque perante a maior vulnerabilidade das regiões insulares, o Governo Regional coloca a Política Climática Regional na Linha da Frente", afirmou.

Mais: "Investe em conhecimento científico, nos melhores recursos e em consultoria técnica especializada, de forma a garantir o crescimento e o desenvolvimento sustentáveis da Região, da sua economia e da sua população".

Susana Prada sublinhou ainda que "os riscos de erosão costeira exigem uma estratégia bem definida, proativa e dinâmica para uma ilha como a do Porto Santo".

Tendo em conta a elevada vulnerabilidade das regiões insulares às alterações climáticas, preocupando a Secretaria Regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas (SRAAC), particularmente a ilha do Porto Santo, e considerando as necessidades de adaptação expressas na Estratégia de Adaptação às Alterações Climáticas da Região Autónoma da Madeira, de 2015, o projecto LIFE DUNAS visa uma acção concertada entre os vários parceiros, com vista a um aumento da resiliência dos ecossistemas dunares e da praia do Porto Santo para fazer face às ameaças a que estão sujeitos. 

O projecto, financiado a 55% pelo programa LIFE da Comissão Europeia, tem um orçamento previsto de cerca de 3 milhões de euros.