Macron confiante de que Irlanda se juntará a acordo fiscal mundial
O Presidente francês, Emmanuel Macron, assegurou ontem que não "está a pressionar" a Irlanda para se juntar ao acordo internacional da OCDE sobre a fiscalidade das multinacionais, confiando que as partes "encontrarão uma solução".
Este foi um dos assuntos principais que Macron abordou, durante a sua visita de um dia a Dublin, com o primeiro-ministro irlandês, Michael Martin, que, por seu lado, indicou que tiveram "uma boa conversa" e recordou que o seu Governo continua em conversações com a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico) sobre essa matéria, não fechando definitivamente a porta ao referido acordo.
A Irlanda faz parte do grupo de sete Estados ou territórios que se recusam a aderir à "estrutura inclusiva" de tributação da OCDE, que prevê um mínimo de imposto para empresas de pelo menos 15% e um mecanismo de distribuição entre países dos impostos para grandes empresas.
A baixa tributação da Irlanda, cujo imposto para empresas é de 12,5%, atraiu nos últimos anos muitas multinacionais, mas também gerou conflitos com alguns parceiros da União Europeia, que consideram que representa um caso de concorrência desleal e desconfiam da transparência da legislação sobre a matéria.