Visão de longo prazo
Segundo o Observador o Presidente da República (PR) está “alarmado” com a dificuldade de Rui Rio (RR) e o PSD serem alternativas a António Costa (AC) e ao PS, o risco deste se eternizar no poder e de AC não ter uma visão de longo prazo para Portugal (VLP). Plena de ironia esta preocupação do PR que sempre proclamou pretender que a governação do PS (GPS) conseguisse aprovar OE e cumprir os respetivos mandatos fosse como fosse. PR que no anterior mandato manifestou publicamente parcialidade a favor da GPS que extravasou em muito a solidariedade institucional, levando àquele apoio extemporâneo de AC à sua recandidatura. É um contracensso que o mesmo PR que nos últimos 5 anos primou por declarações que induziram na opinião pública a ideia que não havia alternativa à GPS, acuse agora o PSD de não ser alternativa. Contracensso ainda maior a alegada apreensão do PR por AC não ter uma VLP. Nos últimos 20 anos e com a bancarrota pelo meio, alguma vez a GPS teve qualquer visão de longo prazo para o País? Nos últimos 5 anos a VLP de AC foram os acordos circunstanciais com a extrema esquerda só para manter-se a governar, OE para enganar os portugueses com promessas de investimento público (IP) nunca levado à prática, unicamente à espera que chegasse o dinheiro dos FE, reforçado com a “bazuca” da solidariedade da UE por obra e graça da pandemia. RR por mais de 1 vez propôs a AC acordos para definir políticas estruturantes para o futuro do País independentemente de quem governasse que foram sempre recusados por AC que está a marimbar-se para o futuro do País pois interessa-lhe muito mais o presente do PS. PR que talvez procure assim descartar a sua responsabilidade no pântano político e económico em que o País se atolou nos últimos anos de GPS cuja VLP será usar o máximo do dinheiro da UE em IP com proveitos político-partidários a curto prazo, controlar o desemprego à custa do aumento desregrado do emprego público a prazo e muitas promessas.
Leitor identificado