Eleições Autárquicas Madeira

Ricardo Franco quer continuar a desenvolver Machico com política de proximidade

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"Assegurar uma política de proximidade com a população de Machico, promover e desenvolver cada vez mais o concelho e as diferentes freguesias" são os principais objectivos de Ricardo Franco, que se recandidata ao terceiro mandato à frente dos destinos da autarquia machiquense.

Esta noite, no Caniçal, num comício no âmbito da pré-campanha para as eleições autárquicas, o candidato socialista deixou uma mensagem de confiança e de esperança e manifestou a disponibilidade em “continuar o trabalho meritório” que tem feito até agora.

“Nunca fizemos promessas inatingíveis. Nós temos os pés bem assentes no chão, sabemos perfeitamente qual é a capacidade da Câmara de Machico e não vamos prometer mais do que aquilo que conseguimos fazer”. Foram as palavras de Ricardo Franco, num comício realizado, ontem à noite, no âmbito da pré-campanha para as eleições autárquicas, no Caniçal.

“Tem sido um trabalho que as pessoas reconhecem, um trabalho difícil, porque tivemos de recuperar uma câmara que estava numa situação financeira muito difícil, mas, apesar dessa tarefa de recuperação financeira, ainda se conseguiu fazer algum trabalho de proximidade com a população”, afirmou o autarca, reforçando que o seu compromisso “é trabalhar em prol da população, na melhoria da sua qualidade de vida" e cumprir com aquilo que se propôs.

Nunca fizemos promessas inatingíveis. Nós temos os pés bem assentes no chão, sabemos perfeitamente qual é a capacidade da Câmara de Machico e não vamos prometer mais do que aquilo que conseguimos fazer.

Cafôfo critica reformulação do Governo

Já o discurso do presidente do Partido Socialista-Madeira (PS-M) foi carregado de ‘farpas’ ao Governo Regional, a quem critica a a recente reformulação verificada após a saída de Pedro Calado, sintomática de uma “visível a submissão do executivo aos interesses económicos e partidários”.

O responsável criticou que tenham sido distribuídas de forma anárquica as diversas pastas pelos diversos secretários, apontando ser "inconcebível" que, por exemplo, a mobilidade fique sob a tutela de três secretarias regionais.

“A APRAM ficou sob a tutela da Economia, de Rui Barreto, que, apesar da ilegalidade do financiamento partidário que foi do conhecimento público, viu-se premiado agora com a questão dos Portos, com certeza para albergar mais ‘boys’ dentro desta estrutura, como já aconteceu com as diversas secretarias, particularmente a da Economia, que ele tutela”, disse Paulo Cafôfo.

O dirigente socialista não deixou também de apontar o facto de Miguel Albuquerque – que está implicado num processo criminal relativamente à questão da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira e do Centro Internacional de Negócios – ter querido ficar precisamente com a tutela da SDM. “Só não ficou por mero acaso, o que significa que a raposa quis continuar dentro do galinheiro” e “demonstra que não há vergonha nenhuma quando se põe os interesses partidários e económicos à frente dos interesses da população”.

"Governo Regional não tem sido parceiro da população de Machico"

Paulo Cafôfo asseverou, por isso, que o PS é a alternativa e que Machico continuará a ser um forte de resistência e de resiliência “perante esta invasão que o PSD e o CDS”.

O presidente do PS-M insistiu que “Machico tem de continuar no rumo certo com Ricardo Franco, com a sua sobriedade, a sua competência, com credibilidade e confiança no futuro” e enalteceu também o facto de o autarca ter diminuído a dívida de 30 milhões de euros para 2 milhões e apostando em áreas como o Desporto, a Educação e o Social.

Por outro lado, acusou o Governo Regional de voltar as costas ao concelho mais a leste da ilha.

“O Governo Regional não tem sido parceiro da população de Machico. Não celebra contratos-programa e, mesmo nas situações de intempéries e de catástrofes, como aconteceu em Janeiro, não acudiu, não estabeleceu qualquer ajuda a este concelho, ao contrário do que aconteceu, e bem, a norte, particularmente em São Vicente. Por aqui vemos que este Governo tem dois pesos e duas medidas, conforme os municípios e conforme a cor política”, declarou.

O responsável garantiu ainda que, apesar do “terrorismo político” que o Governo Regional tem feito contra a população, “Machico nunca se vai agachar e nunca se vai vergar”.