Continua a ser um problema deslocar-se das zonas altas da freguesia de São Gonçalo até àquele que é considerado o centro da localidade, onde temos a igreja e a Junta de Freguesia.  Os moradores de São João Latrão, por exemplo, não têm um autocarro que lhes permita ir à missa ou “tratar de algum papel” sem ter, antes, de ir ao centro do Funchal.

As limitações à mobilidade interna são uma das principais queixas. Que o diga Jorge Ferreira, nascido e criado no topo da colina. Embora para si esteja “tudo bem”, não deixa de reconhecer que quem não tem transporte próprio, tem a vida dificultada. Ainda assim, considera evidentes as melhorias das condições de vida numa freguesia marcada pela dispersão, que vai do mar à serra. 

Morando um pouco mais abaixo, Eunice Silva aponta falhas na limpeza dos terrenos, “ainda por cima nesta altura de calor”. O mato acumulado faz temer o pior e leva-a a recordar momentos de aflição vividos noutros anos de Verão quente. Sobre as estradas, aponta a melhoria no pavimento e o arranjo das levadas e dos passeios, facilitando quem circula a pé. “Fica bem melhor”, entende esta freguesa que elogia a recolha selectiva de lixo feita porta a porta e o acesso a outros serviços públicos.

Quem também faz elogios à freguesia é Jéssica Teixeira, que afirma que São Gonçalo oferece qualidade de vida a quem ali habita. Ainda assim, não deixa de lembrar o há muito prometido centro de saúde ou o desejado posto de polícia, que poderiam ajudar a criar uma centralidade que a localidade não tem. As promessas foram feitas, faltou assumir o compromisso.

Por outro lado, aproveita a conversa com a reportagem do DIÁRIO para destacar a intervenção em curso no campo polidesportivo de São Gonçalo, que há muito era pedida pela população local.