Exposição de pintura para ver no Centro Cívico do Estreito
O Centro Cívico do Estreito de Câmara de Lobos acolhe uma nova exposição de pintura intitulada 'Marulho' de Joana Fernandes, com inauguração a 3 de Agosto
'Marulho' é a nova exposição de Joana Fernandes a ser inaugurada esta terça-feira no Centro Cívico de Câmara de Lobos, uma mostra que a artista descreve como se de um conto se tratasse.
´"Tudo se resume a uma casa simples, acomodada nas dunas, que fazia da praia o seu jardim e do mar o seu lar. Por entre as portadas de madeira salgada e gasta, saltavam as cores das flores tropicais, os aromas das folhas secas e lentas das palmeiras que se baloiçavam na brisa. O sol teimoso, perfurava a pérgula de caninhas que abrigava duas cadeiras de madeira calejada e à noite, suada do calor do dia, era possível ouvir o mar galgando a praia, embalado pelo seu movimento constante", lê-se no comunicado.
Joana Fernandes nasceu no Funchal, onde começou a estudar artes. Mudou-se para o Porto para estudar arquitetura na Universidade Lusíada e após acabar os estudos, em 2018, começou a trabalhar como colaboradora na área da arquitetura no Atelier Ludgero Castro & Castros Lda. Seguiu o seu percurso artístico em vários ateliers, intercalando a sua participação em exposições, como 'Sea Matters' com obras de pintura a óleo, na loja Vicent Porto e expôs também trabalhos em aguarelas na loja Porto In.
Segundo a artista, a sua pintura é uma união de figuras geométricas às cores. Afirma que esta expressão artística sempre foi um pilar fundamental para o crescimento pessoal, artístico e cultural. As suas pinturas são uma experiência permanente da arte contemporânea, explorando arte abstrata e impressionismo, juntamente com um estudo da fenomenologia da perceção, iniciado na arquitetura.
A artista recorda que à medida que foi crescendo, as cores foram se conectando com formas geométricas, influenciadas pelas pinturas geométricas de Kandinsky, as primeiras pinturas que admirava - e mal sabia o que era ou quem era o artista, apenas “sentia” as cores e os formulários. Hoje, visualiza nas suas obras conceitos como memória, sensação, impulso, instinto, intenção, acção, cor e textura que resumem tudo, fazem parte de uma natureza interna, pronta para ser absorvida e reinterpretada pela percepção do outro.