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Milhares em Berlim protestam contra medidas anti-pandemia, 500 detidos

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Foto EPA

Milhares de pessoas protestaram hoje nas ruas de Berlim, na Alemanha, contra as medidas anti-pandemia do Governo, apesar das proibições de ajuntamentos, levando a confrontos com a polícia e 500 detenções, segundo as autoridades.

Mais de 2.000 polícias foram destacados para dissipar os manifestantes, segundo o departamento da polícia, que indicou terem sido "assediados e atacados", e responderam com o uso de bastões e gases irritantes.

A Alemanha aligeirou muitas das restrições em maio, permitindo a reabertura aos restaurantes e bares, mas, muitas atividades, como refeições em espaços fechados e estadas em hotéis, necessitam de um certificado de vacinação completa ou um teste recente negativo ao novo coronavírus.

O Querdenker, o maior e mais visível movimento anti-confinamento no país, tem atraído milhares de pessoas às suas manifestações, reunindo grupos ecléticos com aqueles que se opõem à vacinação, da esquerda à direita, os negacionistas da existência do vírus, os conspiracionistas e os extremistas de direita.

No início do ano, os serviços de informações de segurança alemães avisaram que o movimento se tem vindo a tornar cada vez mais radical, e tem alguns dos seus elementos sob vigilância.

O protesto de hoje surge na sequência de outras manifestações contra as restrições para combater a pandemia em vários países da Europa, nomeadamente em França, onde também deu origem a confrontos com a polícia, e mais de 80 mil pessoas protestaram em cidades na Itália, no último fim de semana.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.220.816 mortos em todo o mundo, entre mais de 197,8 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse, divulgado no domingo.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.369 pessoas e foram registados 970.937 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.