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Ataque no Burkina Faso faz 47 mortos, civis e militares

Foto: OLYMPIA DE MAISMONT / AFP
Foto: OLYMPIA DE MAISMONT / AFP

Quarenta e sete pessoas, incluindo 30 civis, 14 militares e três mercenários do exército, foram mortos num ataque a uma caravana militar que escoltava civis no norte do Burkina Faso, revelou o governo do país africano.

"A caravana mista, composta por civis, elementos das forças de defesa e segurança (FDS) e voluntários para a defesa da pátria (VDP), foi alvo de um ataque terrorista a 25 quilómetros de Gorgadji (Norte), durante o qual 30 civis, 14 soldados e 3 VDP foram mortos", anunciou o ministério da comunicação do Burkina Faso.

Embora não tenha havido qualquer reivindicação imediata da responsabilidade pelo ataque no Burkina Faso, país que pertence à região do Sahel, há suspeitas de que seja uma ação levada a cabo por terroristas islâmicos, porque os militantes ligados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico têm visado, cada vez mais, as forças de segurança daquele país da África Ocidental.

A nove de agosto, pelo menos 12 militares foram mortos e oito ficaram feridos num ataque no noroeste do país, perto da fronteira com o Mali, o qual também se supeitou ser um ataque de 'jihadistas', segundo o Ministério da Comunicação.

O Burkina Faso tem enfrentado ataques jihadistas regulares e mortais desde 2015, particularmente nas regiões norte e leste, próximas do Mali e do Níger, que também enfrentam ações mortíferas por parte de 'jihadistas' armados.

Estes ataques, frequentemente associados a emboscadas e atribuídos a grupos 'jihadistas' afiliados ao Estado Islâmico (EI) e à Al-Qaeda, mataram mais de 1.500 pessoas e forçaram mais de 1,3 milhões a fugir das suas casas.