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Brasil reporta 1.064 mortos e 41.714 casos em 24 horas

Foto: EPA/CHAMILA KARUNARATHNE
Foto: EPA/CHAMILA KARUNARATHNE

O Brasil contabilizou 1.064 mortes e 41.714 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 571.662 óbitos e 20.457.897 diagnósticos positivos da doença desde o início da pandemia, informou hoje o executivo.

De acordo com o último boletim epidemiológico difundido pelo Ministério da Saúde, a incidência da covid-19 no Brasil é agora de 272 mortes e 9.735 casos por 100 mil habitantes e a taxa de letalidade permanece fixada em 2,8%.

São Paulo, o estado mais rico e populoso do Brasil, com 46 milhões de habitantes, continua a ser foco interno da pandemia, concentrando 4.187.465 casos de infeção por Sars-CoV-2 e 143.471 vítimas mortais.

Já a nível mundial, e em números absolutos, o Brasil, com 212 milhões de habitantes, é o segundo país com mais mortes, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos, antecedido pelos norte-americanos e pela Índia.

Num momento em que o Governo brasileiro se encontra sob investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) devido a falhas e eventuais crimes na gestão da pandemia de covid-19, os senadores decidiram hoje aumentar o número de investigados.

Dessa forma, o parlamentar brasileiro Ricardo Barros, líder do Governo na Câmara dos Deputados e acusado de ser o mentor das supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin, passou à condição de investigado pela Comissão.

"Estamos agregando o nome dele aos nomes já investigados em função dos óbvios indícios da sua participação nessa rede criminosa que tentava vender vacina através de atravessadores [intermediários], (...) fazendo com que o país perdesse oportunidade de comprar vacinas na hora certa, vacinas que salvariam vidas", afirmou o relator da CPI, Renan Calheiros.

Calheiros disse ainda que Barros passou a constar como investigado "pelo conjunto da obra, pelos indícios, pelo envolvimento, pela comprovação da participação dele em muitos momentos".

Na prática, a mudança de condição do deputado, que já havia feito o seu depoimento na CPI na condição de convidado, significa que a comissão concluiu que pode haver indícios de crimes envolvendo o parlamentar.

Segundo o relator da CPI, "é necessário apurar de maneira aprofundada" as "relações e ligações políticas e empresariais" de Barros "nas negociações e possíveis associações com funcionários civis e militares do Ministério da Saúde investigados pela Comissão".

Além de Ricardo Barros, também o advogado Túlio Silveira, representante da Precisa Medicamentos - empresa que negociou o contrato para a venda da vacina Covaxin ao Governo -, passou da condição de testemunha à de investigado, após ter ficado em silêncio na maior parte do seu depoimento à CPI da Pandemia.

Silveira optou pelo direito ao silêncio para não se incriminar, amparado por um 'habeas corpus' do Supremo Tribunal Federal (STF), alegando o sigilo profissional do advogado, mas a sua postura indignou vários senadores.

A covid-19 provocou pelo menos 4.381.911 mortes em todo o mundo, entre mais de 208,5 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.