Qualidade da Comunicação Social com implicação na qualidade da Democracia
Foi em mais edição da no ciclo de ‘Conversas com Sequências’, da CDU, que esteve em a implicação da Comunicação Social na qualidade da democracia.
A iniciativa que contou com a participação do jornalista Nicolas Fernandez, que, entre outros aspectos, analisou as incidências das mais recentes mudanças operadas na Comunicação Social na Região, tendo referido que “um grande problema resulta da concentração da Comunicação Social. Três grupos económicos concentram directa ou indirectamente todo o universo da Comunicação Social nesta Região”.
No debate subordinado ao tema ‘Comunicação Social e a Democracia’, o jornalista adiantou que, “de entre as várias questões que esta realidade coloca, o problema maior é o facto de um poder económico que já controlava o poder político, ter passado a controlar directamente a Comunicação Social. Ora, as implicações são profundas para a qualidade da Democracia”, frisou Nicolau Fernandez.
A apontada regressão na Comunicação Social tem tido reflexos na própria Democracia, com o jornalista a dar conta de que “depois do 25 de Abril de 1974 nunca como agora a comunicação social foi tão controlada. Poder-se-á mesmo dizer que a Comunicação Social na Região enfrenta o seu pior período”.
No entanto, disse ainda Nicolas Fernandez, que “apesar deste contexto de dificuldades, nas redações ainda existe empenhamento da parte de jornalistas com grande sentido profissional e brio jornalístico”.
De acordo com aquele profissional, “o que está aqui em causa é demasiado importante. É que a qualidade da Democracia depende, em muito, da qualidade da Comunicação Social. Aliás, podemos dizer ‘diz-me que Comunicação Social tens e dir-te-ei que democracia terás’. Ou seja, estes não são problemas que apenas digam respeito aos profissionais da Comunicação Social”.