Ministro brasileiro diz que terceira dose deve começar por idosos e profissionais de saúde
O ministro da Saúde brasileiro disse hoje que a aplicação da terceira dose da vacina contra a covid-19 no país deverá começar por profissionais de saúde e idosos, salientando que a orientação ainda depende de estudos.
"Vamos começar por grupos prioritários. De novo, profissionais de saúde, os mais idosos", disse Marcelo Queiroga à imprensa, acrescentando que a aplicação valerá para todos os imunizantes contra a covid-19 disponíveis no país.
"Estamos a planear para que, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacina. Isso vale para todos os imunizantes. Para isso, nós precisamos de dados científicos, não vamos fazer isso baseado em opinião de especialista", frisou o ministro.
O Ministério da Saúde brasileiro já encomendou um estudo para avaliar a necessidade de dose de reforço para pessoas que receberam a Coronavac, imunizante da chinesa Sinovac e produzido no Brasil pelo Instituto Butantan.
Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa, órgão regulador do Brasil) também autorizou estudos de terceira dose das vacinas da Pfizer e AstraZeneca.
"Sabemos que os idosos têm um sistema imunológico comprometido e por isso eles são mais vulneráveis. Pessoas que tomaram duas doses da vacina podem adoecer com a covid-19, inclusive ter formas graves da doença. Mas se compararmos os que vacinaram com duas doses e aqueles que não vacinaram, o benefício da vacina é inconteste", reforçou Queiroga.
O governante voltou a afirmar que a pasta deve decidir em setembro se reduz o intervalo entre as doses da Pfizer dos três meses atuais para 21 dias, conforme orientação da bula do imunizante.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao contabilizar 570.598 vítimas mortais e 20,4 milhões de casos confirmados de covid-19.
A covid-19 provocou pelo menos 4.381.911 mortes em todo o mundo, entre mais de 208,5 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.