Pelo menos um morto no incêndio no sudeste de França
Pelo menos uma pessoa morreu no incêndio que atinge deste segunda-feira o maciço dos Mouros, no sudeste de França, disseram hoje as autoridades locais, acrescentado que o fogo "não está controlado".
A pessoa que morreu é a primeira vítima do maior incêndio deste verão em França, que teve o seu início na tarde de segunda-feira e que ainda mobiliza 1.200 bombeiros na manhã de hoje.
O fogo começou no município de Gonfaron, onde há vários parques de campismo.
Até hoje de manhã, entre 15 a 20 moradores, bem como cinco bombeiros, também ficaram feridos.
O grande incêndio que atinge o maciço dos Mouros, a poucos quilómetros da costa francesa de Côte d'Azur, "não está controlado" e já atingiu cerca de 7.000 hectares de floresta mediterrânica, dos quais 5.000 foram destruídos pelo fogo.
O porta-voz dos bombeiros da região francesa de Var explicou, em declarações à rádio France Info, que 1.000 desses 5.000 hectares foram queimados durante a noite de terça-feira.
Das 10.000 pessoas que foram retiradas da área desde que foi declarado o incêndio, 7.000 pessoas tiveram que ser alojados na noite de terça-feira e hoje ainda não poderão retornar às suas casas ou áreas de 'camping'.
O governo do departamento do Var, com capital em Toulon, insistiu que "as pessoas realojadas não devem regressar às suas casas ou aos campos de férias".
A porta-voz do corpo de bombeiros destacou que, apesar da destruição significativa da massa florestal e do facto de pelo menos uma centena de casas terem sido afetadas, as consequências poderiam ter sido muito mais graves, especialmente em termos humanos.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, que passa férias em Fort Brégançon, a poucas dezenas de quilómetros do incêndio, foi na terça feira ao centro de controlo de bombeiros e lembrou que a França não teve este verão situações idênticas a outros países, nomeadamente Grécia, Turquia, Argélia ou Marrocos.
Macron sublinhou que embora fenómenos como este não sejam novos na região, quando há uma longa estiagem e ventos fortes, com o aquecimento global existe o risco de que sejam mais frequentes e ocorram em zonas do norte de França, mesmo ao norte do rio Loire, onde até agora não sucediam.