Novo balanço do sismo aponta para pelo menos 1.941 mortos e 9.900 feridos no Haiti
O sismo de magnitude 7,2 na escala de Richter que abalou no sábado o Haiti fez pelo menos 1.941 mortos e 9.900 feridos, segundo o mais o recente balanço da proteção civil haitiana.
A atualização da situação naquele país pela proteção civil aponta para mais 522 vítimas mortais do que o anterior balabnço, de segunda-feira, e estima que mais de 60.000 casas foram destruídas pelo sismo.
O tremor de terra, com epicentro 125 quilómetros a oeste da capital, Port-au-Prince, destruiu cidades e provocou deslizamentos de terras, que dificultaram a prestação de auxílios no país mais pobre do Hemisfério Ocidental.
O Haiti já se confrontava com a pandemia de covid-19, a violência de gangues, a pobreza crescente e a incerteza política subsequente ao assassínio, em 07 de julho, do presidente Jovenel Moïsem, quando o abalo enviou os residentes para as ruas.
O abalo também destruiu ou causou estragos sérios em hospitais, escolas, instalações de empresas e igrejas.
A realçar as más condições, os dirigentes tiveram de negociar com gangues no distrito de Martissant para deixarem passar duas colunas humanitárias pela área, informou o Serviço da Organização das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários.
"Pouco mais de uma década depois, o Haiti está outra vez a cambalear", disse a diretora executivo da UNICEF, Henrietta Fore, aludindo ao sismo de 2010 que destruiu a capital do país, causando a morte a dezenas de milhares de pessoas.
"E este desastre coincide com a instabilidade política, o aumento da violência dos gangues, alarmantes e elevadas taxas de subnutrição infantil e a pandemia de covid -- para a qual o Haiti só recebeu 500 mil vacinas, apesar de precisar de muitas mais", acentuou.
O país de 11 milhões de pessoas recebeu o primeiro carregamento de vacinas, doadas pelos EUA, no mês passado, através de um programa da ONU destinado aos países de baixos rendimentos.
A situação nos hospitais continua descontrolada. "Basicamente, precisam de tudo", disse Inobert Pierre, um pediatra na Health Equity International, uma entidade sem fins lucrativos que dirige o Hospital St. Boniface Hospital, a duas horas de Les Cayes.