Porto Santo já tem mais um local para alojar doentes com COVID-19
50 camas estão a ser instaladas no Pavilhão Multiusos. Pedro Ramos faz apelo aos jovens para terem comportamentos mais adequados
Até ao final do dia de hoje, o Pavilhão Multiusos no Porto Santo estará dotado de 50 camas para fazer face ao aumento de casos positivos de COVID-19 na ilha. A novidade foi dada ao DIÁRIO/Rádio Praia pelo Secretário Regional da Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, que explicou que tal foi possível após "reuniões na Madeira com o presidente do Governo Regional, o comandante da PSP e o SESARAM" e uma solicitação ao Comando Operacional da Madeira que providenciou, através da Zona Militar da Madeira, 50 camas e os respectivos colchões e almofadas.
"Tendo em conta aquilo que é logística instalada no Porto Santo e dado o aumento de casos, a logística que estava instalada no Hotel Ilha Dourada, que está quase atingir os seus limites, e como temos actuado sempre com uma antecipação”, foi decidida esta alternativa no pavilhão Multiusos.
O governante disse que já nesta terça-feira, houve uma reunião, com a PSP local, em que, além do próprio secretário regional, esteve presente toda a equipa do SESARAM e o responsável do ainda denominado Gabinete da Vice-Presidência no Porto Santo, Roberto Silva, para que toda a logística fique montada já a partir de hoje, se houver necessidade de mais isolamentos já hoje e até ao final do mês.
Depois do delegado de saúde e director do Centro de Saúde local, Rogério Correia, também o secretário Regional, Pedro Ramos, pediu aos jovens para terem comportamentos mais responsáveis. “Faço um apelo aos jovens que estão no Porto Santo de férias para que tenham comportamentos adequados".
Sobre a vacinação dos mais jovens que já está a decorrer e que começou mais cedo do que no continente, Pedro Ramos frisou ter "um grande respeito por este escalão etário, que achamos que precisa de estar protegido, que é também e uma população vulnerável pela mobilidade” e acrescentou que “56 % daqueles com 16 e 17 anos estão vacinados, e quase 50% entre os 12 e os 15 anos também já têm a 1.ª dose da vacina".
Mas alertou: “não é suficiente…os casos têm vindo a aumentar, porque têm havido comportamentos inadequados no Porto Santo. Esses comportamentos inadequados, são aqueles que nós não queremos que aconteçam daí que tenhamos a campanha 'Faça férias seguras e não estraguem as férias dos outros'".
O secretário regional disse ainda que o que está a acontecer, “é que cada caso positivo gera uma cadeia de transmissão, e estraga as férias dos outros, não só dos colegas que acabam por estar contaminados, mas também dos seus pais e familiares”.
Pedro Ramos quis reforçar por isso o apelo aos jovens que estão na ilha dourada: “cumpram com as recomendações do delegado de saúde local, Dr. Rogério Correia e toda a sua equipa, cumpram com as recomendações das autoridades regionais de saúde. Quem está negativo e se for um contacto de alto risco, tem de esperar. Não pode viajar para a Madeira, porque inicia depois uma cadeia de transmissão na Madeira, atingindo os seus familiares” e portanto "temos de cumprir com estas regras".