Ex-vice-presidente Pedro Calado diz que Governo da Madeira "fica melhor" com a sua saída
O ex-vice-presidente do Governo da Madeira Pedro Calado considerou hoje que com a redistribuição dos poderes, o atual executivo regional "fica melhor" com a sua saída, para dedicar-se "a 200%" à candidatura à Câmara do Funchal.
"Este Governo [Regional] não fica de forma nenhuma enfraquecido. Acho que fica melhor do que estava antes. Digo isto com sinceridade: acho que todo o Governo está mais do que preparado para dar continuidade ao trabalho que fizemos" nos últimos quatro anos de governação PSD/CDS-PP, afirmou Pedro Calado aos jornalistas.
O ex-governante falava após a cerimónia da tomada de posse do novo secretário Regional das Finanças, Rogério Gouveia, que decorreu na Assembleia Legislativa da Madeira.
Sobre Rogério Gouveia, o ex-vice-presidente do Governo madeirense disse ser "um excelente técnico e profissional, conhecedor da máquina da Administração Pública, os dossiês que estão agora em cima da mesa" e com quem trabalhou nos últimos quatro anos.
"Julgo que o Governo está muito melhor agora e capacitado para dar continuidade ao trabalho que estava a ser feito", acrescentou.
Pedro Calado afirmou ainda que a vice-presidência -- departamento do XIII Governo Regional da Madeira que deixa de existir "por decisão do presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque" - tinha uma concentração de poderes e responsabilidades que estavam sob a sua coordenação e que foram agora distribuídos por outras secretarias regionais.
O XIII Governo Regional da Madeira passa a ser constituído por 10 secretarias regionais.
Segundo Pedro Calado, a parte da coordenação política e assuntos parlamentares passa para o secretário Regional da Educação, Jorge Carvalho, que também tutela a justiça.
A Administração dos Portos (APRAM) e a pasta do subsídio social de mobilidade transitam para a secretaria da Economia (Rui Barreto) e a Eletricidade da Madeira (EEM) para o secretário dos Equipamentos e Infraestruturas (Rui Fino), acrescentou.
Pedro Calado salientou ainda a importância da criação de uma direção regional dedicada à terceira idade e à rede de cuidados continuados na Madeira.
Sobre a sua exoneração, o antigo vice-presidente assegurou ser "uma decisão irreversível" porque pretende "empenhar-se a 200% no projeto da Câmara Municipal do Funchal".
"Para isso, era necessário fechar este ciclo governativo, fechar a responsabilidade que tinha com o Governo Regional e a partir de agora é pensar só na Câmara Municipal do Funchal", sublinhou Pedro Calado.