Rússia admite erros na gestão da pandemia face a novo recorde de mortes
A Rússia reconheceu hoje erros na gestão da pandemia com a vacinação a avançar com dificuldades, quando o país registou um novo máximo diário de mortes relacionadas com a covid-19.
"A Rússia cometeu dois erros. Não sabemos como impedir a propagação do vírus e defender a população e não sabemos como consciencializar as pessoas sobre a importância da vacinação", afirmou, citada pela agência Efe, a diretora do Instituto de Economia da Saúde da Rússia, Larisa Popovich.
Esta responsável notou ainda que os russos sempre "foram céticos em relação às vacinas", incluindo a da gripe.
A Rússia contabilizou hoje mais 819 mortes relacionadas com a pandemia de covid-19, um novo máximo diário, e 22.144 novos casos, segundo o balanço das autoridades locais.
Do total de novos casos, 1.816, ou seja, cerca de 8,2% são assintomáticos.
Em Moscovo, o epicentro da pandemia no país, o número de novas infeções permanece em queda com 2.317 caos nas últimas 24 horas, menos 8% do que no dia anterior.
Em São Petersburgo as infeções também começaram a registar uma trajetória descendente.
Desde o início da pandemia, a Rússia verificou 6.579.212 casos de infeção e 169.683 óbitos.
Esta sexta-feira a capital russa começou a aliviar as restrições imposta para conter o vírus.
"A diminuição da mortalidade deve-se ao aumento do número de vacinados [...]. As pessoas ficaram com medo. A situação, em junho, foi muito triste", defendeu um médico das rede de clínicas Euromed, Yuri Yaroshenko.
Mais de 40 milhões de cidadãos, cerca de 27% da população, já foram vacinados contra a covid-19 com, pelo menos uma dose, e aproximadamente 30 milhões já estão imunizados.
Só em Moscovo, o número de vacinados com, pelo menos, uma dose ascende a mais de 4,5 milhões.
A vacina russa Sputnik V celebrou, esta quarta-feira, o seu primeiro aniversário.
Perto de 70 países já autorizaram a utilização desta vacina.
A covid-19 provocou pelo menos 4.333.013 mortes em todo o mundo, entre mais de 205,3 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.