Greve do SEF "sem impacto" na Madeira onde termina às 13 horas de hoje
Greve com adesão de 100% desvalorizada ANA
A greve dos inspetores do SEF, que se iniciou hoje, teve uma adesão de cerca de 100%, segundo o sindicato, mas os aeroportos dizem que só teve impacto em Lisboa, com tempos de espera inferiores a duas horas.
Os funcionários da carreira de investigação e fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) iniciaram hoje uma greve parcial que vai durar até ao final do mês em defesa dos seus direitos na sequência da reestruturação daquele organismo.
De acordo com Renato Mendonça, presidente do Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF), que convocou a greve, a adesão no aeroporto de Lisboa foi de 100% no turno das 05:00 às 07:00 e de 95% no turno das 07:00 às 09:00.
No aeroporto de Ponta Delgada, o responsável fala também numa adesão de 100%, entre as 06:00 e as 08:00.
Renato Mendonça alertou, contudo, que os constrangimentos só devem começar a fazer-se sentir à hora do almoço, por causa da "deslocação dos voos para a frente".
Para já, o impacto nos tempos de espera dos passageiros no controlo de fronteira só foi significativo em Lisboa, onde atingiu um tempo máximo de 01:45, revelou a ANA - Aeroportos de Portugal, acrescentando que nos restantes aeroportos, até ao momento, o impacto não é relevante.
De acordo com uma porta-voz da empresa, os impactos ficaram aquém do expectável, atendendo a que na última greve chegou a haver esperas superiores a quatro horas, e que atualmente as esperas são um pouco mais prolongadas por causa do controlo dos testes de covid-19.
"Correu mais ou menos bem. Os passageiros estavam avisados. Em termos operacionais, estamos contentes, as pessoas estavam predispostas para a espera, não foram apanhadas de surpresa", afirmou.
Em Faro, a greve (convocada entre as 09:00 e as 12:00) não teve qualquer impacto, como também não está a ter na Madeira (onde termina às 13:00), salientou.
No Porto, a greve só decorrerá ao final do dia, no turno das 20:00 às 23:00.
A greve foi convocada face à falta de resposta do Governo quanto aos direitos destes inspetores na sequência da aprovação da proposta de lei que "prevê a dispersão de competências policiais do SEF pela PJ, PSP e GNR".