Incêndios não dão tréguas no sul de Itália e 11 mil hectares já arderam na Calábria
Vários incêndios lavravam nas últimas horas no sul de Itália, especialmente na Sicília e na Calábria, sendo que nesta última região já arderam mais de 11 mil hectares e foram registadas quatro mortes, anunciaram hoje as autoridades italianas.
Nas últimas 24 horas, os bombeiros italianos realizaram 528 intervenções para apagar as chamas nestas duas regiões, onde devem chegar ainda hoje três aviões franceses Canadair, que estiveram a ajudar igualmente no combate aos diversos focos de incêndio registados recentemente na Grécia.
Igualmente através do Mecanismo de Proteção Civil europeu, são também esperados outros dois meios aéreos que se encontram na Argélia, outro país assolado por incêndios.
Perante a situação registada no sul do país, o chefe da Proteção Civil italiana, Fabrizio Curcio, deslocou-se hoje à zona de Reggio Calábria.
Na Calábria, os incêndios já fizeram pelo menos quatro vítimas mortais, queimaram centenas de hectares de olivais e pomares, mataram milhares de animais, destruíram casas e obrigaram à retirada de pessoas.
O presidente da câmara da cidade de Reggio Calábria, Giuseppe Falcomatà, exortou hoje o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, a deslocar-se à região no próximo dia 15 de agosto para "verificar o estado desastroso do território assolado pelos incêndios".
Falcomatà afirmou que tinha sido contactado por Draghi e que o primeiro-ministro italiano tinha "assegurado um total apoio à comunidade de Reggio Calábria e de toda a Calábria".
Segundo o autarca, Mario Draghi também falou numa "ajuda às comunidades afetadas pelos incêndios", através de "um plano extraordinário para apoiar o território e a reflorestação das áreas verdes destruídas".
Na Sicília, novos focos de incêndio deflagraram durante quinta-feira à noite, nomeadamente nas localidades de Polizzi Generosa, Castellana Sicula e Geraci, onde várias casas tiveram de ser evacuadas.
Outro grande incêndio está a atingir a reserva natural de Monte Catillo em Tivoli, a cerca de 30 quilómetros da capital do país, Roma.
Este incêndio chegou perto de uma área habitada e cerca de 25 famílias tiveram de ser retiradas, bem como outras 30 pessoas residentes numa comunidade católica que trabalha com famílias carenciadas.
Itália, a par de outros países do sul da Europa e do Mediterrâneo, está a enfrentar uma onda de calor, com o registo de temperaturas elevadas de norte a sul do território.