Falta de serviços próximos na Quinta Grande desanima população
A tranquilidade que impera na Quinta Grande e que cativa visitantes parece inquietar quem passa 24 horas por dia na freguesia
Durante a semana, sem grande agitação e com pouca afluência
de pessoas, os moradores não tardam em identificar forasteiros.
No centro, encontramos alguns dos estabelecimentos
comerciais que compõem a freguesia.
Rui Pereira, João Carvalho e António Simão reuniram-se para um café na esplanada do café Bailinhos.
“Aqui na Quinta Grande não se passa nada,
é um lugar muito silencioso, uma zona muito pacata”, dizia, Rui Pereira, justificando que
com a falta de trabalho na zona, os residentes acabam por partir para outras
localidades.
João Carvalho considera que a falta de serviços próximos na freguesia é um ponto a menos para a população jovem. “os jovens estão a fugir todos porque não conseguem ter um bom estilo de vida aqui, não há nada”, vinca.
“Na Quinta Grande quem não tem um carro para ir buscar um
quilo de sal está desgraçado e quem tem sal para vender tem que vender bem
vendido”, sublinha António Simão.
No único cabeleireiro da Quinta Grande,
Beatriz Ferreira, que reside e trabalha na freguesia dá conta que quando a
população precisa de fazer grandes compras tem de ir a Ribeira Brava ou ao
Estreito de Câmara de Lobos, uma vez que na zona só existem mercearias “com o
essencial”, revela.
No parque infantil, Bruno Rodrigues aproveitava o espaço
para brincar com o filho. Apesar de não residir na Quinta Grande, frequenta a
freguesia desde muito novo, Bruno acredita que “pela zona que é, a Quinta
Grande até está bem desenvolvida e não está esquecida”.