Incêndios na Albânia provocaram duas mortes
A Albânia registou hoje a segunda morte na sequência dos incêndios que estão a lavrar há três semanas no país e que arrasaram com milhares de hectares de florestas, olivais, árvores de fruto e pastos.
A segunda vítima é uma mulher, de 57 anos, que se encontrava hospitalizada com queimaduras. Trata-se da mulher da primeira vítima mortal.
Ambos tinham ficado feridos há uma semana quando tentavam extinguir as chamas que já tinham atingido o pátio da residência, na localidade de Gjirokastra, no sul do país.
Após mais de duas semanas foi possível dar como extintos dois incêndios na península de Karaburun, na costa Jónica, que ameaçam expandir-se para o parque nacional de Llogara, um dos mais importantes do país, anunciou hoje o Ministério da Defesa albanês.
Os dois incêndios foram combatidos por centenas de efetivos das Forças Armadas e da Proteção Civil, com o apoio de três helicópteros enviados pela União Europeia (UE).
A situação mais crítica vive-se agora no norte do país, sobretudo na região de Kukes, próximo da fronteira com o Kosovo, onde estão três focos ativos que põem em risco várias zonas habitadas.
O incêndio sobre o túnel de Kalimash, na estrada que liga Tirana ao vizinho Kosovo, foi considerado hoje "controlado", depois de recebido o apoio dos bombeiros kosovares, que enviaram 66 efetivos e nove carros de combate às chamas.
Na região de Fier, no sul, os incêndios consumiram 7.000 olivais, 105 hectares de floresta e numerosos campos agrícolas.
O diretor da Proteção Civil albanesa, Haki Çako, denunciou o facto de alguns dos incêndios terem sido "intencionais" e "perpetrados por grupos criminosos, pagos por alguns meios que querem queimar o país", apelando aos órgãos judiciais para investigarem os casos.
Até agora, 15 pessoas foram presas por suposta participação nos incêndios, enquanto outras 16 foram já acusados de fogo posto e outras duas são procuradas pelas autoridades policiais locais.