Saiba aqui que notícias marcam a agenda de hoje
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses organiza, na baixa de Lisboa, um 'Hospital de Campanha' para avaliar a saúde física e mental dos portugueses, numa ação que pretende que sirva também para evidenciar a importância destes profissionais e do SNS.
O 'Hospital de Campanha', colocado na rua Augusta, terá duas bancas distintas - uma dedicada ao "corpo em forma" e outra à "mente em forma" -, com o sindicato a considerar que a pandemia de covid-19 fez acentuar "de forma preocupante" os atrasos na prestação de cuidados essenciais e a sublinhar que "os cuidados de saúde são mais do que a resposta à pandemia".
Um estudo à escala global divulgado na segunda-feira estima que um em cada quatro jovens tem sintomas de depressão elevados e um em cada cinco apresenta sintomas de ansiedade altos devido à pandemia da covid-19.
Hoje, também é notícia:
DESPORTO
O ciclista português Daniel Freitas (Rádio Popular-Boavista) estreia a camisola amarela na sexta etapa da 82.ª Volta a Portugal, uma ligação entre Viana do Castelo e Fafe, que deverá ser disputada ao 'sprint'.
O 'axadrezado' parte de Viana do Castelo, de onde o pelotão sai às 12:35, com 42 segundos de vantagem sobre o espanhol Alejandro Marque (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel) e 47 segundos sobre Amaro Antunes (W52-FC Porto), para uma jornada previsivelmente na liderança.
Após três contagens de montanha, a chegada à Praça 25 de Abril, um dos 'palcos' incontornáveis da Volta a Portugal, está revista para as 17:20.
CULTURA
A Fundação José Saramago e a Comissão do Centenário do único Nobel da Literatura português realizam hoje uma conferência de imprensa na biblioteca do escritor, na Casa Tías, em Lanzarote, para anunciar a comemoração do seu centenário em Espanha.
Durante a sessão de apresentação do centenário, tomarão a palavra, além de Pilar del Río, o presidente do município de Tías, José Juan Cruz, a presidente do Cabildo de Lanzarote, María Dolores Corujo, e o presidente das Ilhas Canárias, Ángel Víctor Torres.
A conferência de imprensa de hoje, que não terá direito a perguntas, será encerrada pelo presidente do Governo de Espanha, Pedro Sánchez.
Em Portugal, cinco conferências sobre José Saramago, comissariadas pelo escritor argentino Alberto Manguel, destacam-se no programa das comemorações do centenário de nascimento de Saramago, que se assinala a 16 de novembro de 2022.
INTERNACIONAL
O parlamento da Bulgária eleito nas recentes legislativas reúne-se hoje em Sófia, um dia após o partido que venceu o escrutínio ter renunciado submeter à votação o seu Governo minoritário devido à ausência de "apoio" suficiente dos restantes partidos.
Na terça-feira, Slavi Trifonov, o líder da formação antissistema Existe Tal Povo (ITP, na sigla original) anunciou que a sua lista não será submetida a votação no hemiciclo e admitiu "novas eleições", as terceiras em 2021 neste país da Europa de leste e em crise política há vários meses.
Na semana passada, o ITP tinha entregado a sua lista de ministros ao Presidente Rumen Radev, após ter vencido as legislativas de 11 de julho, mas sem maioria para formar um executivo estável.
Em teoria, o chefe de Estado ainda poderá designar outros protagonistas para formar um Governo, mas Trifonov já indicou que não apoiará qualquer novo candidato ao cargo.
Sem experiência política, Trifonov tinha já referido não pretender assumir a chefia do Executivo, após o ITP ter garantido 65 dos 240 deputados, num parlamento fragmentado.
O seu partido pretendia formar um Governo minoritário e garantir a maioria dos deputados no parlamento em torno de um programa consensual.
Nesse sentido, manteve conversações com toda a oposição, à exceção do partido do ex-primeiro-ministro conservador Boiko Borissov, que venceu as legislativas de 14 de abril mas sem maioria absoluta, forçando a um segundo escrutínio.
Caso se confirme a atual cenário, as terceiras eleições legislativas desde janeiro poderão coincidir com as presidenciais agendadas para o outono. Rumen Radev, um fervoroso opositor de Borissov, candidata-se a novo mandato e irá garantir o apoio do partido de Slavi Trifonov, indicou na terça-feira o líder do ITP numa declaração surpresa.
O Supremo Tribunal britânico analisa hoje, numa audiência preliminar, o recurso que a Justiça norte-americana apresentou contra a decisão de um tribunal de Londres, que rejeitou extraditar o fundador da WikiLeaks, Julian Assange, para os Estados Unidos.
Em janeiro passado, a justiça britânica decidiu não extraditar Assange, sobre quem pendem 18 acusações de espionagem e de intrusão informática que, em conjunto, pode configurar, nos Estados Unidos, uma pena de prisão até 175 anos.
As revelações no portal digital WikiLeaks expuseram segredos sobre as ações dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão, informações sobre detenções extrajudiciais na prisão de Guantánamo (na ilha de Cuba) e telegramas diplomáticos que revelaram abusos dos direitos humanos em todo o mundo.
O ativista australiano continua detido na Prisão de Alta Segurança Belmarsh (sudeste de Londres), depois da juíza Vanessa Baraister ter negado o pedido de liberdade condicional enquanto o recurso dos EUA estiver a ser analisado.
Assange "ainda não ganhou o caso", advertiu a mafistrada, sublinhando ter negado a extradição por motivos de saúde, rejeitando os restantes argumentos apresentados pela defesa.
LUSOFONIA, ÁFRICA E COMUNIDADES
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, vai comparecer a partir de hoje e durante dois dias, perante a comissão judicial que investiga a grande corrupção no Estado, anunciou hoje a Presidência da República da África do Sul.
O chefe de Estado será ouvido novamente pelo juiz Raymond Zondo sobre "corrupção e captura do Estado", na qualidade de Presidente e ex-vice-presidente da República da África do Sul, respetivamente, segundo um comunicado na página oficial de Internet.
De acordo com a Presidência da República sul-africana, a comissão judicial de investigação indicou que "a primeira parte do depoimento do Presidente Ramaphosa abordará assuntos que ficaram pendentes após o seu comparecimento em nome do Congresso Nacional Africano em 28 e 29 de abril de 2021".
"Posteriormente, a comissão tratará dos assuntos relativos aos seus cargos no Estado", adianta a nota.
Cyril Ramaphosa assumiu, em 2018, o compromisso de prestar à comissão "todas as informações e assistência que esta possa solicitar no cumprimento do seu mandato", salienta-se no comunicado.
Na sua primeira comparência na comissão judicial de investigação 'Zondo', em abril, Ramaphosa declarou que a "captura do Estado" pela grande corrupção "dividiu" o Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), o partido no poder na África do Sul desde 1994.
O Chefe de Estado, que é também presidente do ANC, salientou que o partido no poder demorou seis anos para admitir a existência do fenómeno da captura do Estado pela corrupção, incluindo a falência das empresas estatais.