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Filho de Bolsonaro visita Trump e convida ex-Presidente dos EUA para reunião no Brasil

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Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente do Brasil, reuniu-se na segunda-feira com o ex-Presidente norte-americano Donald Trump e convidou-o a participar num encontro com dirigentes de partidos conservadores no país sul-americano.

"Estamos juntos numa convergência de ideais e hoje pude trocar experiências com o Presidente Trump sobre o Brasil e os Estados Unidos", escreveu Eduardo Bolsonaro, que é deputado federal, numa mensagem publicada na rede social Twitter, acompanhada de fotos em que este, a mulher e a filha aparecem ao lado do ex-governante dos Estados Unidos.

"Aproveitei para o convidr a visitar nosso país quando julgar conveniente e, quem sabe, participar de um CPAC-Brasil", acrescentou o deputado que está nos Estados Unidos.

O filho de Jair Bolsonaro refreiu-se à Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), fórum que reúne conservadores e simpatizantes de ideias de extrema-direita e que já teve um primeiro encontro no Brasil em 2019.

Numa outra mensagem sobre o encontro com Trump, Eduardo Bolsonaro sublinhou que estará sempre ao lado daqueles "que defendem a família, a propriedade privada, a legítima defesa pelas armas de fogo, a liberdade religiosa, enfim, as liberdades naturais".

"Estou do lado dos que não se curvam ao politicamente correto, trabalho na luta contra regimes autoritários evitando assim novas guerras. Estou do lado de homens de reputação ilibada e autoridade moral para andar de cabeça erguida nas ruas a qualquer tempo", acrescentou.

Em 2019, o Governo brasileiro, com o aval de Trump, tentou nomear Eduardo Bolsonaro embaixador do Brasil nos Estados Unidos, mas a indicação não ocorreu devido às críticas que gerou.

Na época, o legislador presidia à Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, na qual se destacou pela defesa de posições de extrema-direita e pelo firme apoio às posições de Trump nos Estados Unidos.

Jair Bolsonaro, que desde o início do mandato em janeiro de 2019 esteve alinhado às posições do ex-presidente norte-americano, foi o último dos chefes de Estado no mundo a reconhecer a derrota do candidato do Partido Republicano nas eleições presidenciais em 2020.

O chefe de Estado brasileiro só admitiu a vitória eleitoral do democrata Joe Biden como Presidente eleito em 15 de dezembro numa breve mensagem no Twitter.

Antes disto, Bolsonaro disse ter certeza de que algum tipo de fraude ocorrera nas eleições dos Estados Unidos, como afirmava Trump, sem apresentar qualquer prova.

"A imprensa não divulga, mas tenho informações" e "realmente houve muitas fraudes", afirmou o Presidente brasileiro.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, Eduardo Bolsonaro participará no simpósio que o 'trumpista' Mike Lindell organiza hoje no Estados Unidos para sustentar que houve fraude nas presidenciais norte-americanas.

O jornal brasileiro informou que o anúncio da presença de Eduardo Bolsonaro no evento, que acontecerá em Dakota do Sul, foi feito por Lindell num programa de rádio de Steve Bannon, antigo conselheiro da Casa Branca durante parte da governação de Donald Trump.