None
Eleições Autárquicas Madeira

Fregueses pedem lar de idosos e obras de proximidade

Texto: Marco Livramento | Fotos: Rui Silva/Aspress

None

A freguesia de Santo António da Serra é uma das mais peculiares do País. É a única freguesia de Portugal a ser dividida entre dois concelhos: Machico e Santa Cruz. Além do nome, partilham muitos dos serviços disponibilizados à população. Hoje falamos-lhe da 'parte' de Santa Cruz. 

None

Mas com as questões 'administrativas' a  população convive bem, ou não fosse o Santo da Serra um local onde é “fantástico” viver. Que o diga Ana Dias, um rosto conhecido do mini-mercado que compõe o largo onde tudo acontece. Até o Rali Vinho Madeira tem ali um dos seus momentos. 

None

A pacatez é para si uma vantagem, embora reconheça que ao fim-de-semana tudo de transforma. A feira traz muita gente à procura de negócio, não se limitando ao mercado agrícola que também precisa de uma intervenção.  Ainda assim, o grande problema continua a ser a farmácia, ou a falta de medicamentos que nela se verifica. Ana Dias pede “um posto de farmácia com tudo”, lembrando que os muitos idosos sem transporte próprio têm dificuldade em se deslocar todos os dias para confirmar a disponibilidade daquilo que necessitam.

None

Junta à lista de necessidades, um lar de idosos e um centro de dia com que possa responder às necessidades da freguesia. E pede que seja resolvida a “calamidade” dos táxis, pois não há nenhum a fazer praça no centro da freguesia.

None

Nascido e criado no Santo da Serra, José Freitas reconhece que muito tem sido feito, mas não deixa de apontar a remodelação do largo principal da localidade e um arranjo do espaço da feira, que fica no concelho de Machico e que não reúne consensos. 

None

Da lista do que faz falta, tal como outros fregueses, pede obras para a casa paroquial, que há muito mete água pelo telhado, à semelhança do que se passa na igreja. Os pedidos acumulam-se, mas uma solução tarda em surgir.

None

Quanto ao tempo “só gosta quem vive cá”, apontando que “de Verão é a melhor freguesia do Mundo”, o mesmo já não acontecendo no Inverno, quando o frio, a chuva e o nevoeiro são uma constante. “Eu não trocava isto por outro lugar para viver”, aponta José Freitas. Quem também gosta de viver no Santo é Manuel Baptista, maritimista ferrenho do sítio de João Frino, onde nascem “as melhores couves para um cozido”. O segredo é porque “isto aqui é uma zona fresca, e a couve dá-se na frescura”.