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Polícia espanhola detém dois novos suspeitos de matarem jovem a pontapé

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A polícia espanhola informou hoje que prendeu dois menores suspeitos do assassinato de um jovem no último fim de semana, elevando para seis o número total de detenções num caso que está a escandalizar Espanha.

Samuel Luiz, um assistente de enfermagem de 24 anos, que nasceu no Brasil, foi encontrado inconsciente no último fim de semana, à porta de uma discoteca na cidade da Corunha (Galiza), depois de ter sido espancado.

Os serviços de emergência médica não conseguiram reanimá-lo e acabou por morrer no sábado de manhã devido aos ferimentos, desencadeando uma série de manifestações e reações políticas em todo o país.

"Foram feitas duas novas detenções, dois menores de nacionalidade espanhola, ligadas ao homicídio de Samuel, elevando para seis o número de pessoas presas nesta fase", anunciou hoje a polícia nacional espanhola através da rede social Twitter.

Quatro jovens - três rapazes e uma rapariga -- já tinham sido detidos na terça e na quinta-feira e a polícia disse que ainda não tinha descartado a homofobia como possível motivo para o assassinato e que mantinha "todas as hipóteses" em aberto.

De acordo com relatos da imprensa, os primeiros resultados da autópsia indicam que o Samuel morreu em resultado de um traumatismo craniano causado por um pontapé na cabeça.

O seu pai, Maxsoud Luiz, disse à estação de televisão espanhola Antena 3 que o seu filho estava com três amigos na altura do incidente.

Familiares da vítima adiantaram que os atacantes agiram por razões homofóbicas e que agrediram Samuel enquanto gritavam "maricas".

A indignação está a ser grande nalguns setores da sociedade espanhola, até porque o crime aconteceu no final da semana em que se celebrou o Orgulho LGBT.

Várias associações LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgénero e intersexuais) convocaram protestos para este fim de semana em algumas cidades, incluindo Barcelona na sexta-feira à noite e Madrid no domingo à noite.

No domingo passado já houve manifestações em várias cidades espanholas a exigir que se faça justiça neste caso.