Eleições Autárquicas Madeira

Empresário da construção civil do Chega diz que "nada será mais o mesmo" em Santa Cruz

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Foto Aspress

O técnico e empresário da construção civil Nélio Gouveia estreia-se na vida política encabeçando a candidatura do Chega em Santa Cruz e promete que "nada será mais o mesmo" no concelho depois destas eleições autárquicas.

"Nunca fui candidato nem militante de qualquer partido e aceitei este desafio, que é uma estreia na política, porque considero que o Chega é a voz do povo português numa altura em que nunca houve tanta corrupção e impunidade", disse Nélio Gouveia à agência Lusa.

O candidato tomou a decisão de filiar-se no partido, "há cerca de um ano", por considerar que esta é "a única força política que tem coragem de chamar as coisas pelos nomes, não se deixa intimidar e não alinha em compadrios".

"Revejo-me na ideologia do Chega", sublinhou.

Nascido em 12 de fevereiro de 1979, Nélio Gouveia assegurou estar "confiante" num bom resultado nas eleições autárquicas de 26 de setembro, sendo também a primeira vez que o partido concorre a este nível de sufrágio. Apresentou candidaturas em cinco dos 11 concelhos da Madeira (Funchal, Machico, Santa Cruz, Machico e Ribeira Brava).

"O Chega já conquistou Santa Cruz e nada vai ser como antes no concelho", declarou o candidato, que tem como objetivo eleitoral "retirar a maioria ao JPP".

Sobre os principais assuntos que, no seu entender, precisam de resolução em Santa Cruz, referiu que uma das suas missões será "proporcionar condições às empresas que querem investir", o que poderia acontecer através da "redução das taxas e impostos".

Também indicou a necessidade da ampliação do programa de incentivos para fomentar a criação de mais postos de trabalho e ajudar a combater o desemprego, a instalação de um supermercado e obras na esquadra da PSP de Santa Cruz.

"Santa Cruz é uma terra de oportunidades e não de distribuição de sacos de arroz", afirmou Nélio Gouveia, criticando a política da autarquia liderada por Filipe Sousa.

Na sua opinião, o atual executivo "criou pessoas dependentes de subsídios para conseguir mais votos" e é "a Câmara que menos investiu em apoios sociais, optando por usar o orçamento para fazer obras a menos de três meses as eleições autárquicas".

O candidato mencionou que "existem casos de famílias carenciadas riscadas da lista dos apoios sociais por terem pagamentos de água em atraso".

No seu entender, é preciso "criar um grupo de apoio aos cidadãos carenciados", e apostar no acesso ao médico de família e na habitação social para jovens. No Caniço, por exemplo, "as casas têm custos inacessíveis" para esta camada da população.

Uma política de incentivos aos produtores que permita o escoamento, através de uma feira agrícola semanal, e apoios aos agricultores locais que enfrentam o problema da falta de água de rega são outras das suas metas.

O candidato indicou ser imprescindível resolver os "problemas das redes de esgotos para todos os munícipes", considerando que "o saneamento básico na freguesia do Caniço é preocupante em várias zonas, onde as fossa céticas estão a abarrotar e depois o detritos vão para os terrenos e correm nas ribeiras".

Uma maior aposta nas infraestruturas desportivas, apoios para os clubes e associações, e a implementação de programas para as camadas mais jovens integram também as preocupações desta lista.