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Duas centenas de inspectores do SEF contestam extinção do serviço

Greve está a provocar esperas que chegam às quatro horas no aeroporto de Lisboa

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Foto Lusa

Duas dezenas de inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) estão hoje de manhã concentrados em frente à Assembleia da República, em protesto contra a extinção do organismo, que os deputados debatem no interior.

Ao som da música de Jorge Palma que pergunta "Ai, Portugal, Portugal, de que é que estás à espera?!", os inspetores contestam a extinção do SEF e a divisão das suas competências por outros organismos policiais "sem sensibilidade" para os assuntos das migrações.

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Na base da escadaria da Assembleia, gradeada, dispuseram enormes tarjas onde se lê "o SEF é indispensável à segurança interna", "Não à criminalização da imigração", "Não à extinção, não à fusão, não à integração" e "Polícia não é simplex".

O dia de protesto inclui uma greve, que, segundo declarações à Lusa de Acácio Neves, dirigente sindical, é de "100 por cento nos aeroportos, garantindo-se apenas os serviços mínimos" e, apesar de ainda não ter números concretos, "rondará a mesma percentagem" noutros locais.

Greve do SEF está a provocar esperas que chegam às quatro horas no aeroporto de Lisboa

A greve dos inspetores do SEF está a provocar constrangimentos no controlo de fronteira no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, registando-se na área das chegadas tempos de espera que podem atingir as quatro horas, segundo a ANA.

"Desde as 06:00 que estão a ser registados tempos de espera bastante elevados no controlo de fronteira da área das chegadas, atingindo em alguns casos as quatro horas", refere a ANA -- Aeroportos de Lisboa em comunicado, lamentando o incómodo causado aos passageiros.

A ANA destaca também que de modo a controlar os fluxos e evitar maior aglomeração de passageiros, o aeroporto está, sempre que necessário, a conter o desembarque de voos.

Na nota, a empresa diz que foram reforçadas as equipas da ANA para prestar apoio aos passageiros.

A proposta de lei do Governo que define a passagem das competências policiais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras para a PSP, GNR e Polícia Judiciária, alterações feitas no âmbito da reestruturação do SEF, está hoje a ser discutidas hoje no parlamento.

O sindicato considera que a proposta que o Governo vai levar à Assembleia da República "para extinguir o SEF divide em parcelas informação crítica, politiza o acesso a dados, militariza e criminaliza ainda mais a imigração", apelando aos partidos da oposição para que "não deixem passar uma das piores leis alguma vez apresentada".


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