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Saiba aqui que notícias marcam a agenda de hoje

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Os interrogatórios aos detidos do processo 'Cartão Vermelho', entre os quais o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, prosseguem hoje, em Lisboa, a partir das 9:00 pelo juiz de instrução.

Na quinta-feira, os detidos foram identificados e os advogados de defesa consultaram a prova indiciária até cerca das 22:00.

No final, Magalhães e Silva, advogado de Vieira admitiu que a prisão preventiva pode estar em equação e que "a gravidade teórica" dos crimes existe, e disse que o empresária está convicto da sua inocência.

"A convicção dele é de que está inocente, de que não cometeu nenhum crime", afirmou o advogado.

O empresário e presidente do Benfica Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos na quarta-feira numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado e algumas sociedades.

Na quarta-feira, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) disse estarem em causa factos suscetíveis de configurar "crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais".

Para esta investigação foram cumpridos 44 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.

No mesmo processo foram também detidos Tiago Vieira, filho do presidente do Benfica, o agente de futebol Bruno Macedo e o empresário José António dos Santos, conhecido como o "rei dos frangos".

Hoje, também é notícia:

CULTURA

A primeira edição das sessões Portugal Fashion tem início no Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário, de Vila Nova de Famalicão, e constitui a mais recente iniciativa do projeto de 25 anos de promoção da moda portuguesa.

As "Portugal Fashion Sessions", que deverão percorrer diversas localidades portuguesas, culminando mais tarde numa apresentação em Madrid, debatem a sustentabilidade da indústria, visam a valorização do trabalho de novas gerações de criadores e promovem um concurso de ecodesign para jovens. No encontro inaugural em Famalicão, o objetivo é promover o conceito de "Cidade Têxtil" e a dinâmica de produção.

A "moda sustentável", a "moda pós-pandemia", "o poder dos criativos" são alguns dos temas em debate no encontro de profissionais, que se prolonga até sábado.

O Portugal Fashion é um projeto da Associação Nacional de Jovens Empresários, que decorre no âmbito do Programa Compete, com apoios europeus.

O espetáculo "Batidas do destino", com a meio-soprano portuguesa Cátia Moreso, a Orquestra Sinfónica Portuguesa e a maestrina Joana Carneiro, abre a 13.ª edição do Festival ao Largo, em Lisboa, em frente ao Teatro Nacional de São Carlos.

O programa do concerto inclui "El amor brujo", de Manuel de Falla, compositor de quem se assinalam os 75 anos da morte, e a 5.ª Sinfonia de Beethoven.

O festival decorre até ao fim do mês, reúne músicos como a cantora Maria João, a soprano Dora Rodrigues e o tenor Marco Alves dos Santos, o clarinetista António Saiote, o Ensemble Darcos, de Nuno Côrte-Real, o Lusitânia V, o Coro do Teatro São Carlos e a Sinfónica Portuguesa, e contempla obras de compositores como John Williams, Ennio Morricone e Leonard Bernstein, Abel Ferreira, León Cardona e Astor Piazzolla, que nasceu há cem anos. A dança também vai regressar ao festival, com a Companhia Nacional de Bailado e coreografias de Yannick Boquin, Clara Andermatt, Hans van Manen, Wayne McGregor e Shahar Binyamini.

O encerramento acontece em 27 de julho, com "Território IV", espetáculo que reúne 12 jovens bailarinos de escolas de dança de todo o país.

LUSOFONIA E ÁFRICA

As relações bilaterais entre Portugal e Timor-Leste e a cooperação no combate à pandemia de covid-19 vão ser debatidas hoje num encontro entre os chefes da diplomacia dos dois países, em Lisboa.

O ministro de Estado e Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, recebe hoje no Palácio das Necessidades a sua homóloga timorense, Adaljiza Magno.

De acordo com uma nota do Governo português, as relações bilaterais políticas, económicas e culturais, e a cooperação no combate à covid-19 serão abordados pelos dois governantes.

Da agenda internacional, destacam-se as relações União Europeia-Timor-Leste e a antecipação da cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre nos próximos dias 16 e 17 em Luanda.

Angola lança hoje oficialmente a XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), cuja presidência vai assumir a partir da cimeira, em 16 e 17 de julho, sucedendo a Cabo Verde.

O lema da presidência angolana da organização lusófona será "Construir e Fortalecer um Futuro Comum e Sustentável", dando ênfase à cooperação económica e empresarial.

Segundo um comunicado do Governo angolano, durante os seus dois anos de mandato, Angola apostará na cooperação económica e empresarial, e irá propor a inclusão na agenda da CPLP de um pilar promotor da cooperação económica e empresarial.

A CPLP, que no próximo dia 17 celebra 25 anos, tem como base três pilares: a concertação político-diplomática, a cooperação e a promoção e difusão da língua portuguesa.

Cabo Verde deteve a presidência da CPLP durante os últimos três anos, tendo prolongado a missão por um ano devido à necessidade de adiar a cimeira de Luanda, prevista para 2020, por causa da pandemia de covid-19.

A França e os países do G5 Sahel reúnem-se hoje pela primeira vez desde o anúncio da redução da presença militar francesa na região, onde a violência 'jihadista' permanece uma séria ameaça.

A cimeira, que decorrerá virtualmente por causa das restrições impostas pela pandemia de covid-19, terá ainda como pano de fundo as transições políticas "delicadas" atualmente em curso no Mali e no Chade.

Após mais de oito anos de presença reforçada na região, o Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou em junho o fim da operação Barkhane, com uma redução dos atuais 5.100 efetivos, o encerramento das bases militares e uma articulação da luta antiterrorista em torno de uma "aliança internacional" envolvendo outros países europeus.

Macron irá encontrar-se remotamente com os homólogos do G5 Sahel - Mauritânia, Chade, Mali, Burkina Faso e Níger - para discutir este processo, estando apenas em Paris o Presidente nigerino, Mohamed Bazoum.

PAÍS

Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (RL) realizam hoje uma greve de 24 horas para reivindicar uma atualização salarial, sublinhando que o seu salário é equiparado ao ordenado mínimo nacional.

A paralisação foi convocada pelo Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa e abrangerá os cerca de 600 motoristas, segundo o sindicalista João Casimiro, que lembra que, atualmente, o ordenado médio de um trabalhador da RL é de cerca de 700 euros brutos, enquanto o ordenado mínimo nacional é de 665 euros.

O presidente do sindicato diz que a ação de protesto acontece depois de o sindicato, após "várias tentativas", não ter conseguido chegar a um entendimento com a administração da empresa. Contudo, refere, neste dia de greve os trabalhadores "assegurarão os serviços necessários à segurança e manutenção dos equipamentos e instalações" e, também, a "prestação dos serviços mínimos e indispensáveis à satisfação das necessidades da empresa".

A Rodoviária de Lisboa -- da qual a Lusa não obteve resposta sobre o protesto - abrange os concelhos de Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, servindo cerca de 400 mil habitantes.

POLÍTICA

O PSD apresenta hoje, em Coimbra, o seu projeto de revisão constitucional, anunciado há mais de um ano, mas que a pandemia atrasou e que o presidente Rui Rio já disse não pretender ser "uma revolução".

A apresentação está marcada para as 16:30 num hotel de Coimbra - cidade para onde o partido já propôs deslocalizar o Tribunal Constitucional - e será feita por Rui Rio e pelo dirigente e antigo juiz do TC Paulo Mota Pinto, que coordenou o grupo de trabalho criado para elaborar esta proposta.

Foi em 12 de março de 2020 que o PSD anunciou a intenção de apresentar um projeto de revisão constitucional, na altura previsto para pouco antes ou depois do verão do ano passado, no entanto, a pandemia de covid-19 atrasou os planos - até porque não se pode rever a Lei Fundamental em estado de emergência - e só em janeiro deste ano foi criado o grupo de trabalho para elaborar a proposta.

No ano passado, e questionado sobre quais seriam as prioridades sociais-democratas nessa revisão, Rui Rio deixou uma garantia: "Nós não vamos fazer uma revolução na Constituição, vamos fazer propostas de alterações pontuais".

O presidente do PSD tem repetido que uma das alterações que pretende introduzir na Constituição é na composição e nomeação de órgãos judiciais, como o Conselho Superior do Ministério Público, de forma a "não haver juízes em causa própria".

Quanto às propostas do partido no âmbito do sistema político (que estão a ser preparadas por outro grupo de trabalho no PSD com conclusões para breve), Rio admitiu no ano passado que poderiam implicar mexidas na Constituição, caso, por exemplo, o partido venha a propor o alargamento da duração da legislatura de quatro para cinco anos.

SOCIEDADE

A proposta do Governo que define a passagem das competências policiais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras para a PSP, GNR e Polícia Judiciária, no âmbito da reestruturação do SEF, vai estar em debate no parlamento.

Enquanto é debatida a proposta do Governo que extingue o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o sindicato que representa os inspetores deste serviço de segurança têm marcada uma manifestação junto ao parlamento e uma greve de 24 horas.

A proposta de lei, aprovada na semana passada em Conselho de Ministros, visa "a reformulação das forças e serviços de segurança que, nos termos da lei, exercem a atividade de segurança interna, alterando-se para tal a Lei de Segurança Interna, a Lei de Organização da Investigação Criminal e as leis orgânicas da GNR e PSP"

O Governo refere que a alteração legislativa define a passagem das competências policiais do SEF para a Guarda Nacional Republicana (GNR), Polícia de Segurança Pública (PSP) e Polícia Judiciária (PJ), "concretizando-se assim a separação entre as funções policiais e as funções administrativas de autorização e documentação de imigrantes" prevista no programa do Governo.