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Saiba aqui que notícias marcam a agenda de hoje

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Luís Filipe Vieira, empresário e presidente do Benfica, detido na quarta-feira numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, tem hoje o seu primeiro interrogatório judicial.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) revelou que existem suspeitas de os quatro detidos estarem envolvidos em "negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades".

As suspeitas, ainda segundo o DCIAP, podem configurar "crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento".

Uma nota do Departamento Central de Investigação e Ação Penal refere que, para esta investigação, foram cumpridos cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.

Em causa, adianta o DCIAP, estão "factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente", que podem configurar "crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais".

Hoje, também é notícia:

CULTURA

Os vencedores dos Play - Prémios da Música Portuguesa são anunciados hoje à noite numa cerimónia no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, que inclui atuações inéditas e será transmitida em direto na televisão, na rádio e 'online'.

Carlão, Dino D'Santiago, Capicua e os Clã então entre os artistas e bandas nomeados em várias categorias naquela que é a 3.ª edição prémios promovidos pela Audiogest e pela GDA -- Gestão dos Direitos dos Artistas, em parceria com a RTP e a Vodafone.

Para o prémio de Melhor Álbum estão nomeados Dino D'Santiago, com "Kriola", Capicua, com "Madrepérola", Bispo, com "Mais antigo", e Clã, com "Véspera".

Os Clã disputam ainda o prémio de Melhor Grupo com os HMB, os Os Quatro e Meia e os Wet Bed Gang.

A cerimónia de entrega dos prémios, com apresentação de Filomena Cautela, tem início às 21:00 e pode ser acompanhada na RTP1, RTP Play e Antena 1.

A 43.ª edição do Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim, que começa hoje, vai promover um diálogo entre a música erudita e o jazz, numa reaproximação a um estilo que chegou a fazer parte de edições anteriores do certame.

O festival, que decorre até 31 de julho na cidade litoral do distrito do Porto, volta este ano a ter restrições devido à pandemia de covid-19, nomeadamente na lotação dos locais dos espetáculos.

Na programação preparada para este ano, surgem vários espetáculos de jazz, uma vertente que será também abordada na conferência de abertura do festival, proferida pelo musicólogo Rui Vieira Nery, sobre "A música erudita e o jazz: Um século de Amores Clandestinos".

Entre os destaques está o concerto inaugural, na sexta-feira, com a pianista portuguesa Maria João Pires e Júlio Resende, também ao piano, no espetáculo "Diálogos".

DESPORTO

O Centro de Congressos Alfândega do Porto vai ser hoje palco do sorteio das competições profissionais, que definirá o calendário para a próxima época de futebol, cuja primeira jornada da I Liga está agendada para o fim de semana de 07 e 08 de agosto.

A cerimónia, a decorrer a partir das 17:30 no Centro de Congressos Alfândega do Porto, contemplará os sorteios das I e II Ligas de futebol, mas também o anúncio do melhor jogador (MVP) da última época.

Pedro Gonçalves, João Palhinha e Sebastian Coates, do Sporting, Sérgio Oliveira, Pepe, Taremi e Corona, do FC Porto, Beto, do Portimonense, Eustáquio, do Paços de Ferreira, e Mário Gonzalez, do Tondela, são os candidatos ao prémio.

A I Liga mantém o formato de 34 jornadas, com o arranque do campeonato no segundo fim de semana de agosto (07/08) e a última ronda agendada para 15 de maio, uma semana antes da final da Taça de Portugal.

INTERNACIONAL

A polémica lei que proíbe a considerada "promoção" da homossexualidade entre menores na Hungria entra hoje em vigor, e a Comissão Europeia já prometeu combatê-la com "todos os instrumentos disponíveis" para defender "os princípios fundamentais" europeus.

A Hungria aprovou a 15 de junho uma lei proibindo "a promoção" da homossexualidade junto de menores de 18 anos, o que desencadeou a inquietação dos defensores dos direitos humanos, numa altura em que o Governo conservador de Viktor Orbán multiplica as restrições à comunidade LGBT.

A lei foi promulgada a 23 de junho pelo Presidente húngaro, János Áder, que afirmou que a nova legislação não contém qualquer disposição que determine como deve viver um maior de idade e não fere o direito ao respeito da vida privada, consagrado na Constituição.

Na quarta-feira, em declarações proferidas na sessão plenária do Parlamento Europeu, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, garantiu que vai utilizar "todos os instrumentos disponíveis" para defender os "princípios fundamentais" europeus caso a Hungria não "corrija" a lei.

Na ocasião, Von der Leyen caracterizou a legislação húngara, como uma lei que impede que "filmes, notícias ou publicações onde figurem lésbicas ou homossexuais sejam mostrados a menores de 18 anos", por considerar que "essas informações têm repercussões negativas no desenvolvimento físico e mental dos menores".

LUSOFONIA E ÁFRICA

O Brasil assume hoje na Cimeira de Chefes de Estado do Mercado Comum do Sul (Mercosul) a presidência rotativa do bloco, exercida até agora pela Argentina, numa reunião por videoconferência devido à pandemia de covid-19.

O comando do bloco será passado pelo Presidente argentino Alberto Fernández ao chefe de Estado brasileiro, Jair Bolsonaro, numa reunião que também contará com a presença dos governantes do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e do Uruguai, Luis Lacalle Pou.

Também deverão participar o Presidente chileno, Sebastián Piñera, e boliviano, Luis Arce.

Os chefes do poder executivo dos países do Mercosul (bloco de livre comércio formado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), voltarão a celebrar os 30 anos do grupo, debatendo a situação atual dos países membros e as perspetivas de integração regional.

Num comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil destacou que neste ano receberam atenção prioritária dos membros do Mercosul os trabalhos em torno de temas como Tarifa Externa Comum (TEC), flexibilidades negociadoras, regime de origem, setores açucareiro e automóvel, regulamentos técnicos, comércio de serviços e reforma institucional.

O Governo brasileiro também lembrou que no contexto da comemoração dos 30 anos do bloco foi lançado o Estatuto da Cidadania do Mercosul, que reúne os direitos e benefícios garantidos aos cidadãos dos Estados partes.

"Na frente do relacionamento externo, foi possível avançar na revisão formal e jurídica dos acordos com a União Europeia e a Associação Europeia de Livre Comércio. Deu-se continuidade às negociações com Canadá, Coreia do Sul, Líbano e Singapura e ao diálogo exploratório com a Indonésia. Na região, foram assentadas as bases para o início de diálogos exploratórios com a República Dominicana e El Salvador", frisou o Governo brasileiro.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) reúne-se para debater o conflito sobre a barragem construída pela Etiópia a montante do Nilo, objeto de uma disputa com o Egito e o Sudão, que temem pelos seus recursos hídricos.

A sessão pública foi solicitada pela Tunísia, membro não permanente do Conselho de Segurança e representante do mundo árabe, em nome do Egito e do Sudão.

A construção, pela Etiópia, da Grande Barragem do Renascimento Etíope (GERD, na sigla em inglês) no Nilo Azul começou em 2011. A jusante do rio, o Egito e o Sudão exigem um acordo com Adis Abeba sobre o enchimento do seu reservatório.

A barragem tem motivado uma tensão entre os três países e tentativas de mediação internacional falharam.

SOCIEDADE

O 3.º período letivo termina para o 1.º e 2.º ciclos, encerrando mais um ano escolar atípico, em que o ensino à distância voltou a ser o "plano B" quando a pandemia obrigou alunos a ir para casa.

Para os mais de 500 mil alunos do 1.º ao 6.º ano, hoje é dia de se despedirem dos professores e dos colegas, e de mais um ano letivo que a pandemia de covid-19 tornou diferente, de que se despedem também as crianças do pré-escolar.

Estiveram entre os primeiros a regressar à escola no desconfinamento, em março e no início de abril, e são os últimos a despedirem-se dela, já que o último dia para os colegas mais velhos foi ainda em junho.

Assim, encerra agora o ano letivo 2020/21, marcado por percalços que se antecipavam mas que nem por isso deixaram de ser desafiantes.

Sobre o próximo ano, pouco se sabe para já, mas a recuperação das aprendizagens perdidas nos dois últimos anos letivos vai ser uma prioridade e, para isso, o Governo criou um plano que conta com uma verba de 900 milhões para ser implementado nos dois próximos anos.

O Centro de vacinação 'drive-thru' contra a covid-19 no Porto, instalado no Queimódromo, junto ao Parque da Cidade, entra em funcionamento, destinando-se a quem fez autoagendamento da vacinação.

Permitindo a inoculação de 2.000 pessoas por dia, o centro estava pronto a utilizar desde fevereiro, mas a autorização do Governo e da 'task force' para a vacinação chegou apenas no final de junho e depois de notícias que davam contas de filas de espera de várias horas.

O julgamento do antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, acusado de três crimes de abuso de confiança, devido a transferências de mais de 10 milhões de euros, prossegue com a audição do inspetor tributário Paulo Silva, que esteve ligado à investigação da Autoridade Tributária no processo Operação Marquês.

O julgamento prossegue mantendo-se a interrogação sobre a presença do ex-banqueiro no tribunal, de onde esteve ausente na primeira sessão, na terça-feira, e com o advogado de Salgado a manter o silêncio sobre a comparência do cliente no Juízo Central Criminal de Lisboa.

A ausência de Ricardo Salgado tem sido justificada com a sua idade, 77 anos, e com os riscos decorrentes da pandemia de covid-19.

A primeira sessão do julgamento ficou marcada pelas reservas em responder de Machado da Cruz, antigo contabilista da Espírito Santo International e pelo desconhecimento de factos alegado pelo gestor de fortunas Michel Canals.