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Madeira 2030: Uma Nova Geração de Políticas

Para recuperarmos a Região, necessitaremos de uma nova década de desenvolvimento, cujo impulso deverá ser dado por uma nova geração de políticos

Na vida política regional, a última década foi marcada por um ciclo de mudança na Região, iniciado nas eleições autárquicas de 2013, consolidado nas eleições autárquicas de 2017, fortalecido nas três eleições de 2019 e que se deseja reforçado nas eleições autárquicas deste ano. Este ciclo coincidiu também com a afirmação de novos protagonistas políticos, a quem se deve o sucesso deste trajecto e que merecem o reconhecimento de todos.

No caso concreto do PS, a relevância da sua marca autárquica, a importância do seu papel europeu, o reforço da sua representação nacional e a retirada da maioria absoluta regional pela primeira vez ao PSD Madeira, são marcos que contaram com a importante participação, entre outros, de jovens oriundos da estrutura jovem partidária e da sociedade civil, que deram o seu contributo para uma nova geração de políticas. Uma geração que se afirmou pela sua capacidade política e pela sua qualidade técnica, nas freguesias e nos municípios da Região, bem como nos parlamentos regional, nacional e europeu. A esses eleitos, soma-se o ânimo, a força e a coragem de dezenas de jovens que, na Madeira e no Porto Santo, deram uma colaboração fulcral nas campanhas eleitorais, na construção dos programas e em todos os desafios que enfrentámos. Esse trabalho, primeiro nos projectos políticos e partidários, agora nas diferentes funções públicas que desempenham, é motivo de orgulho para tantos quantos continuam a reconhecer na juventude o potencial e a determinação para efectivarmos a mudança política de que a Região necessita.

No início de um novo ciclo autárquico, é justo recordar aquele que foi o nosso compromisso com as novas gerações. Em 2017, no Funchal, a política de juventude que assumimos foi muito clara desde o primeiro momento e assentou em quatro eixos fundamentais: educação, emprego, habitação e participação. Fomos sempre concretos sobre aquilo que pretendíamos: tornar a Educação tendencialmente gratuita, com a atribuição de manuais escolares gratuitos progressivamente para o 2.º e 3.º Ciclos e com a atribuição de bolsas de estudo aos estudantes do Ensino Superior; continuar a apostar nos programas de emprego jovem; criar um programa de arrendamento jovem; e reforçar os mecanismos de participação. Defendemos sempre, para o Funchal do Futuro, jovens com mais qualificações, melhores salários, mais condições para viverem e constituírem família, e com mais oportunidades para participarem nas decisões que dizem respeito à vida de todos. Foi isso que apresentámos em 2017 e que a maioria escolheu - e foi para lá chegarmos que trabalhámos desde o primeiro dia, certos de que ainda há caminho por percorrer para erguermos a sociedade em que acreditamos.

As novas gerações têm-se recusado a ficar escondidas atrás das bandeiras das campanhas eleitorais e têm feito tudo o que está ao seu alcance para influenciarem decisivamente o futuro da Região. A prova disso mesmo foi o contributo que tantos jovens deram para a construção do primeiro Plano Municipal de Juventude do Funchal, iniciado em 2019 e aprovado por um Conselho Municipal de Juventude revitalizado, pela Câmara e pela Assembleia Municipal. Um plano verdadeiramente de todos os jovens, político e apartidário, que confirma que temos um Município Amigo da Juventude e das suas organizações.

A segunda crise económica e social que enfrentamos aos 30 anos, faz-nos reconhecer ainda melhor as dificuldades que enfrentaremos e que necessitam de respostas políticas claras às adversidades do presente e aos desafios do futuro, com visão e com estratégia. Para recuperarmos a Região, necessitaremos de uma nova década de desenvolvimento, cujo impulso deverá ser dado por uma nova geração de políticos, convictos de que novos protagonistas trarão consigo também novas ideias. Serão sobre isso as nossas escolhas de Setembro.

Quer nas freguesias e nos concelhos onde governamos, quer naqueles onde nos propomos a governar, o objectivo deverá ser sempre o mesmo: governar melhor, com mais jovens e com melhores políticas. As eleições autárquicas deste ano servirão também para apurarmos qual é o ponto de situação deste projecto maior de mudança: na capacidade de implementação local das suas ideias e na capacidade de mobilização social de uma maioria silenciosa que todos desejamos que escolha o futuro. Ao trabalho.