Alemanha retira Portugal da lista de interdições de viajantes
A Alemanha retirou hoje Portugal da lista de países com interdição de entrada no país devido a alta prevalência da estirpe Delta do vírus covid-19, anunciaram as autoridades.
A interdição de entrada na Alemanha foi levantada para cinco países, também o Reino Unido, a Índia, a Rússia e o Nepal, além de Portugal, anunciou o Instituto Robert-Koch de Vigilância Sanitária, e entrará em vigor na quarta-feira.
Portugal está classificado pela Alemanha como uma zona com "variantes de preocupação" no que toca à pandemia, nomeadamente devido à propagação da estirpe Delta, o que na prática resulta numa proibição de viagens em vigor desde a semana passada, devido à ativação do mecanismo travão da União Europeia para fazer face a situações preocupantes.
Aquele país apenas permite que viajem de Portugal cidadãos alemães ou quem resida naquele país, que ainda assim têm de ser submetidos a uma quarentena de 14 dias após a chegada.
De acordo com as novas normas hoje anunciadas pelo Instituto Robert-Koch, Portugal e os outros quatro países vão ser removidos para o segundo nível de risco, designado por "áreas de incidência elevada" da variante do covid-19.
Os viajantes provenientes das áreas nesta categoria não são obrigados a fazer quarentena se conseguirem provar que já estão totalmente vacinados, ou que contraíram a doença e já recuperaram.
Os restantes podem ter uma quarentena reduzida de dez dias se testarem negativo após cinco dias.
Onze países vão continuar na lista vermelha da nova variante: Brasil, Moçambique, Botswana, Eswatini, Lesoto, Malawi, Namíbia, Zâmbia, Zimbabué, África do Sul e Uruguai.
Já na quinta-feira da semana passada a Alemanha tinha admitido um desagravamento da avaliação de Portugal.
A interdição alemã às viagens de Portugal é a única proibição na União Europeia quando entra em vigor o certificado digital covid-19.
A Comissão Europeia havia considerado que a interdição a viagens não essenciais para Portugal adotada pela Alemanha não está "totalmente alinhada" com o recomendado por Bruxelas e fonte do executivo comunitário disse à Lusa que seria analisado se a medida "é proporcional".